Cr�dito deve crescer acima da nossa proje��o de 6% para 2019, diz Portugal

O presidente da Federa��o Brasileira de Bancos (Febraban), Murilo Portugal, afirmou que o cr�dito no pr�ximo ano deve crescer acima dos 6% projetados pela entidade. A institui��o, que representa as institui��es financeiras no Pa�s, segue revendo mensalmente suas proje��es, conforme ele, para adequar as expectativas com o desempenho dos empr�stimos.

"O cr�dito j� retornou gradualmente, principalmente, o voltado ao consumidor, nas modalidades de consignado (com desconto em folha) e para a compra de ve�culos", destacou Portugal, em coletiva de imprensa nesta tarde de ter�a-feira, 4, acrescentando que para as grandes empresas o cr�dito tamb�m est� retornando e que uma das linhas que tem refletido isso � a de desconto de duplicatas.

Segundo o presidente da Febraban, o desempenho do cr�dito total s� n�o � melhor no cen�rio atual por conta dos empr�stimos direcionados, cujo saldo ainda est� em queda. Destacou, contudo, que o cr�dito livre j� apresenta taxa de expans�o de dois d�gitos.

"Os bancos est�o colaborando com a retomada, que est� mais lenta que desej�vamos e gostar�amos, uma vez que tivemos o aperto das condi��es financeiras ap�s a greve dos caminhoneiros (em maio), cen�rio esse que passou a ser revertido a partir de outubro", destacou Portugal.

Segundo ele, o Pa�s caminha agora para uma trajet�ria de maior acelera��o do crescimento. "O cr�dito vai contribuir crescendo mais que o Produto Interno Bruto (PIB) no ano que vem e vamos voltar a uma situa��o do passado, na qual o cr�dito como propor��o do PIB aumenta", afirmou ele, sem precisar um n�mero.

Carga tribut�ria

A carga tribut�ria que incide sobre os bancos � um desest�mulo para as institui��es que est�o operando e para novos entrantes, disse o presidente da Febraban, durante conversa com a imprensa.

"O setor banc�rio paga al�quota maior sobre a renda em raz�o da profiss�o do contribuinte e n�o porque lucra mais", explicou. Ele destacou que o setor banc�rio n�o � composto somente pelos grandes bancos, lembrando que existem bancos menores que t�m lucros compar�veis a empresas de outros setores para as quais as al�quotas s�o menores.