
O presidente eleito Jair Bolsonaro disse que � preciso mudar "o que for poss�vel" na legisla��o trabalhista, mas n�o detalhou que pontos quer priorizar.
Depois de repetir sua afirma��o de ter�a-feira, 4, que "� dif�cil ser patr�o no Brasil", Bolsonaro lembrou que a reforma aprovada h� pouco tempo deu uma certa tranquilidade aos empregadores, reconhecendo que n�o � poss�vel mudar o artigo 7º da Constitui��o e que respeitar� os direitos dos trabalhadores.
"N�s temos direitos demais e empregos de menos, tem que chegar a um equil�brio. A reforma aprovada h� pouco tempo j� deu uma certa tranquilidade, um certo al�vio ao empregador, e repito o que falei ontem (ter�a): � dif�cil ser patr�o no Brasil", refor�ou o presidente eleito, em entrevista no Quartel General do Ex�rcito.
Bolsonaro n�o soube responder a perguntas de jornalistas sobre temas econ�micos. Questionado sobre a reforma tribut�ria, disse que seria uma "boa pergunta para se fazer para o Paulo Guedes, o nosso posto Ipiranga, porque � (um tema) bastante complexo".
"Voc�s mesmos (jornalistas) j� escreveram que, para entender o emaranhado da legisla��o, tem que ter PhD em economia. Agora, tem muita coisa que n�o teve no passado, quem mergulhou o pa�s nesse caos econ�mico foram os economistas daquela �poca, n�o fui eu, capit�o do Ex�rcito", declarou. "Eles erraram, erraram feio, na metade do governo FHC (Fernando Henrique Cardoso) de oito anos os juros estiveram na lua."
Bolsonaro tamb�m disse que "n�o entende muito de economia" durante a coletiva de imprensa, mas que possui uma boa equipe para auxili�-lo.
"O que eu falei com a equipe econ�mica, e eu n�o entendo de economia, e tenho a humildade para dizer isso a�, agora n�o posso mais, mas j� fui com minha esposa fazer compra no supermercado. O que n�s queremos � uma infla��o dentro dos limites, n�s queremos aquilo que possa fazer nossa economia andar. N�s queremos tudo isso a�, tudo eu passei para ele, Guedes, eu tamb�m dei carta branca ao Paulo Guedes para perseguir esse objetivo e eu sou obrigado a confiar nas pessoas porque eu sozinho n�o vou salvar a p�tria, apesar de eu chamar Messias", acrescentou.
Bolsonaro avaliou que a situa��o do Brasil est� "bastante complicada". "Se der errado, n�o sou eu que vou afundar n�o, todos n�s afundaremos juntos e n�o queremos que o Brasil mergulhe em um caos e n�o � s� na quest�o econ�mica."
Mais uma vez, o presidente eleito afirmou que a reforma da Previd�ncia deve ser fatiada e que a idade m�nima ser� a primeira parte a ser encaminhada ao Congresso. Tamb�m n�o respondeu qual seria a base para estabelecer a idade m�nima para homens e mulheres.
Sobre a celeridade com que a reforma poderia ser aprovada, disse que ainda n�o � presidente e n�o tem influ�ncia sobre o atual Parlamento. "N�s sabemos que tem parlamentar que gostaria que a forma de fazer pol�tica fosse a anterior. N�s respeitamos o parlamento, n�s n�o pretendemos avan�ar nessa dire��o. Como eu disse, posso estar errado e n�o saber a f�rmula do sucesso, mas a do fracasso � continuar fazendo essa pol�tica de coaliz�o."