Algumas entregas de hortifrutigranjeiros n�o chegaram ao Ceasa do Rio, diz Acegri

A paralisa��o de caminhoneiros na Rodovia Presidente Dutra, na altura de Barra Mansa, no lado fluminense do Vale do Para�ba, ainda n�o est� tendo reflexos no abastecimento ou nos pre�os de hortifrutigranjeiros, mas alguns caminh�es n�o chegaram ao Rio para fazer entregas, segundo a Associa��o Comercial dos Produtores e Usu�rios da Ceasa Grande Rio (Acegri).

O bloqueio na Via Dutra come�ou na manh� desta segunda-feira, 10. O ato � um protesto contra a decis�o do ministro do Supremo Tribunal Federal (STF), Luiz Fux, de suspender a aplica��o de multas pelo descumprimento da tabela dos pre�os m�nimos de frete at� que a corte decida pela constitucionalidade da fixa��o de pisos de pre�o para os servi�os de transporte rodovi�rio.

Os ve�culos de carga s�o orientados a parar em postos de combust�veis. A via n�o est� bloqueada para carros e �nibus.

Ainda de manh�, o movimento era considerado pontual. A maioria das lideran�as ainda aguarda desdobramentos de medidas em discuss�o em Bras�lia. O movimento est� dividido. H� grande insatisfa��o na base e l�deres tentam conter uma radicaliza��o.

Perto de meio-dia, por�m, a Pol�cia Rodovi�ria Federal (PRF) informou que duas pessoas foram presas na Dutra, por agredir caminhoneiros que se recusaram a parar. Segundo a PRF, atos de viol�ncia tamb�m s�o pontuais, "por parte de um pequeno grupo".

Oficialmente, a administra��o da Central de Abastecimento do Estado do Rio de Janeiro (Ceasa-RJ), subordinada � Secretaria de Estado de Agricultura, Pecu�ria, Pesca e Abastecimento, nega que haja problemas nas entregas, mas os comerciantes relataram alguns atrasos.

"N�o chegou a ser um grande preju�zo ou a provocar aumento de pre�os, mas alguns caminh�es n�o chegaram", disse o presidente da Acegri, Waldir de Lemos.

O comerciante, que trabalha na Ceasa-RJ desde a inaugura��o do entreposto comercial, vende todo tipo de frutas e verduras em sua loja. Segundo ele, entregas de cebola e batata n�o foram feitas na manh� desta segunda-feira.

O dirigente da associa��o de comerciantes informou ainda que ouviu o relato de um colega sobre uma entrega de tomates que tampouco chegou ao Rio. "O caminhoneiro me ligou para avisar que estava parado no bloqueio", disse Lemos.

Segundo Lemos, a discuss�o sobre tabelamento de frete � algo que afeta mais aos caminhoneiros que trabalham no transporte de cargas pesadas e em longas dist�ncias, como gr�os.

Os fretes de hortifrutigranjeiros, perec�veis, j� s�o mais caros, em curtas dist�ncias e com hor�rios mais r�gidos. Esse tipo de transporte sai mesmo prejudicado com os bloqueios nas estradas.