As capta��es das empresas no mercado local e externo somaram R$ 248 bilh�es at� novembro deste ano, uma queda de 8,6% em rela��o ao mesmo per�odo do ano passado, de acordo com a Associa��o Brasileira das Entidades dos Mercados Financeiro e de Capitais (Anbima).
As capta��es de renda fixa foram destaque, tendo o melhor desempenho nos �ltimos anos. Nessa categoria, as deb�ntures tiveram volume recorde de emiss�es, totalizando R$ 126,7 bilh�es at� novembro, representando 67% das ofertas no per�odo.
As deb�ntures incentivadas tamb�m tiveram volume recorde, atingindo R$ 22 bilh�es e representando 17% das emiss�es de deb�ntures do ano.
O volume de emiss�es de renda vari�vel caiu para R$ 6,9 bilh�es, 79% abaixo do registrado entre janeiro e novembro do ano passado. As opera��es de renda fixa no exterior ficaram em R$ 51,9 bilh�es nos onze primeiros meses do ano, contra R$ 88 bilh�es no mesmo per�odo do ano passado.
Jos� Eduardo Laloni, diretor da Anbima, afirmou que os objetivos da associa��o foram atingidos em 2018 e que foi um bom ano para o mercado de capitais.
Instrumentos de renda fixa
Parte do impulso do mercado de renda fixa at� novembro deste ano foi provocado pela busca dos gestores de fundos pelos instrumentos de renda fixa, conforme Laloni, em entrevista com a imprensa para apresentar os n�meros sobre o desempenho do mercado de capitais.
De acordo com os dados apresentados, o volume de deb�ntures na carteira de fundos j� atingiu R$ 150 bilh�es, acima dos R$ 116 bilh�es at� dezembro de 2017. "O mercado de fundo de cr�dito cresceu muito e, embora tenha havido aumento na participa��o dos agentes da oferta no geral, o volume de cr�dito privado que foi parar nas m�os dos investidores foi grande", comentou.
Do total emitido em deb�ntures at� novembro, 40,4% ficaram com fundos de investimento e 43,8% com intermedi�rios e demais participantes ligados � oferta, contra participa��o de 56,8% at� novembro do ano passado (que foi recorde em capta��es na ind�stria de fundos) e de 32% dos ligados � oferta.
Agenda de diretrizes
A Anbima deve entregar para a equipe de transi��o, sem data definida, sua agenda com diretrizes que considera relevantes para o desenvolvimento do mercado de capitais, disse Laloni.
N�o h� data prevista para o encaminhamento dos pleitos, que basicamente s�o os mesmos que a associa��o j� havia identificado em conversas preliminares com a equipe econ�mica de Jair Bolsonaro, antes de ser eleito.
Segundo ele, nesta quinta ocorre a sexta reuni�o do grupo de trabalho do mercado de capitais do atual governo, que agrega v�rios setores da �rea econ�mica. "Vamos reavaliar o que foi atingido at� agora e levar novamente as propostas", comentou.
Laloni � positivo em rela��o �s conversas com o pr�ximo governo e entende que as sinaliza��es s�o positivas. "V�rias das medidas colocadas na agenda no grupo de mercado de capitais formado eram da Anbima e a cria��o desse grupo foi uma iniciativa interessante porque agiliza as conversas", comentou. "A sinaliza��o que temos � de que essa agenda � aderente com o pensamento da nova equipe econ�mica e n�o enxergamos mudan�a dr�stica de dire��o, mas melhorias, ideias na mesma dire��o", acrescentou.
Os principais t�picos dessa agenda de 17 t�picos da Anbima est�o nos custos de observ�ncia e em aperfei�oamentos da lei 12.431, de deb�ntures de infraestrutura. "Os grandes pontos v�o na dire��o de fomentar o mercado de capitais e reduzir o impacto dos custos", observou.
Os pleitos tratam ainda do fomento da participa��o das entidades de previd�ncia no financiamento � infraestrutura e audi�ncia publica da Comiss�o de Valores Mobili�rios (CVM) para regular o fundo de infraestrutura, visando maior participa��o do p�blico em geral.
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