Na esteira da Caixa, os bancos do Nordeste (BNB) e da Amaz�nia (Basa) tamb�m ter�o de adotar processos seletivos para a escolha dos seus diretores. Reduto pol�tico de lideran�as partid�rias, os dois bancos ter�o de rever a sua governan�a e contratar empresas de headhunter (especializadas na procura de executivos) para promover a troca de dirigentes.
A decis�o foi aprovada pela equipe econ�mica do presidente Michel Temer e conta com o apoio do futuro ministro da Economia, Paulo Guedes, que tem como pol�tica tra�ada a moderniza��o e a maior profissionaliza��o dos bancos p�blicos. Guedes j� avisou que pretende aprofundar as mudan�as j� feitas no estatuto da Caixa e dos dois bancos e fazer outras melhorias. Os dois bancos ficar�o no guarda-chuva do novo Minist�rio da Economia.
Assim como ocorre na Caixa, a blindagem do BNB e do Basa com a cria��o das barreiras �s indica��es pol�ticas para cargos de dire��o fazem parte da nova pol�tica que tenta corrigir problemas de gest�o do banco. Algumas das medidas, principalmente as relacionadas aos apadrinhamentos nos cargos de dire��o, encontram resist�ncia na classe pol�tica.
Esse ajuste envolve tamb�m uma pol�tica de apetite ao risco. A proposta prev� que um comit� independente indique as bases sobre o grau de risco a ser aceito pelo banco nas diversas opera��es de cr�dito. Essa pol�tica refor�a a blindagem e mitiga os riscos de financiamentos concedidos por press�o pol�tica, al�m de promover ajustes estruturais nos bancos p�blicos.
Nova pol�tica
A aprova��o de um novo estatuto e institui��o de um plano de refor�o de capital sem uso do dinheiro do FGTS na Caixa foram alvos de ataques dos partidos que loteavam as vice-presid�ncias, superintend�ncias regionais e diretorias do banco.
A reforma no estatuto da Caixa teve inspira��o na Petrobr�s, que tamb�m passou por um choque de gest�o depois dos casos de corrup��o revelados pela Opera��o Lava Jato, com fraudes em licita��es e desvio de bilh�es de reais. Como na petroleira, o ajuste no banco come�ou pela forma de escolha dos dirigentes.
Os mandatos s�o de dois anos, podendo ter recondu��o de at� tr�s vezes e um mandato n�o coincidente com o do governo.
"O novo governo encontrar� a governan�a do banco alinhada com as melhoras pr�ticas e em total conformidade com a legisla��o, principalmente com a Lei da Estatais", afirmou o presidente do conselho de administra��o do Banco do Nordeste, Jeferson Luis Bittencourt. Segundo ele, desde setembro, o conselho de administra��o passou a ter compet�ncia para eleger toda a diretoria executiva com apoio de um comit�, com a maioria de membros independentes, que realizar� processo seletivo para escolha dos diretores. O conselho tamb�m pode contratar uma empresa de consultoria, nos moldes do que j� � feito na Caixa. O Basa n�o respondeu � reportagem. As informa��es s�o do jornal O Estado de S. Paulo.
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