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Estado de Minas ECONOMIA

Energia da usina Angra 3 � mais cara at� do que gera��o solar, diz estudo


postado em 24/12/2018 11:21

O custo da energia da usina nuclear de Angra 3 � o mais alto entre todas as fontes dispon�veis no Pa�s, segundo estudo do Instituto Escolhas em parceria com a PSR, consultoria especializada em energia. Considerando crit�rios objetivos como valor da obra, custo fixo de opera��o, subs�dios e pr�mio ambiental, a energia a ser produzida por Angra 3 � mais cara que a de termoel�tricas a g�s e de empreendimentos de energia renov�vel. Caso o governo optasse por desistir de concluir Angra 3, e at� desmontasse o que j� foi feito, e substitu�sse a usina por parques solares no Sudeste ainda assim a economia seria de R$ 12,5 bilh�es em um per�odo de 35 anos.

A conclus�o de Angra 3 foi anunciada como prioridade pelo futuro ministro de Minas e Energia, almirante Bento Costa Lima Leite de Albuquerque J�nior. A compara��o de Angra 3 com usinas solares no Sudeste foi realizada pelo pressuposto de que ambos os empreendimentos gerariam energia na base do sistema el�trico, n�o emitiriam gases de efeito estufa e estariam pr�ximas de grandes centros de consumo na mesma regi�o. O estudo considerou ainda o fato de que a energia solar recebe subs�dios, n�o pode ser produzida � noite e demanda substitui��o por outras fontes.

Nesse cen�rio, o pre�o da energia solar para o consumidor seria de R$ 328 por megawatt-hora (MWh), maior que o pre�o obtido em leil�es realizados pelo governo, de R$ 150 por MWh, mas, ainda assim, inferior ao de Angra 3. Segundo o estudo, o custo real da energia da usina nuclear � de R$ 528 (Mwh).

O valor � maior do que a tarifa estabelecida pelo governo h� dois meses, de R$ 480 por MWh, que estaria em linha com os valores praticados por usinas nucleares no exterior e uma pr�-condi��o para a retomada das obras, paralisadas em 2015 por den�ncias de corrup��o.

"A energia nuclear � a mais cara", disse o fundador e diretor executivo do Instituto Escolhas, Sergio Leit�o. Segundo Leit�o, a economia com o fim de Angra 3 seria de R$ 12,5 bilh�es mesmo levando em conta pagamento de rescis�es contratuais, multas, compensa��es socioambientais e liquida��o antecipada do financiamento.

"Sob o ponto de vista de gera��o de energia, (Angra 3) n�o se justifica", disse Leit�o. "Se a reativa��o dessa usina tem a ver com a manuten��o do programa nuclear brasileiro e das estatais ligadas � �rea militar, isso deve ser explicitado de outra forma, como pol�tica de governo."

A Eletronuclear, subsidi�ria da Eletrobr�s, informou que o pre�o da energia da usina teve como base estudos da Empresa de Pesquisa Energ�tica (EPE). Segundo a empresa, o valor restabelece a viabilidade da obra e � compat�vel com projetos no exterior. A Eletronuclear destacou que as fontes renov�veis s�o intermitentes e levam ao acionamento de termoel�tricas. E informou que o estudo desconsidera ganhos de processo de minera��o, beneficiamento e enriquecimento do ur�nio.

Projeto do per�odo militar, Angra 3 come�ou a ser constru�da em 1984, mas as obras foram paralisadas em 1986. O projeto foi retomado por Lula em 2009. O custo estimado para o t�rmino do projeto era de R$ 8,3 bilh�es, para conclus�o em 2014.

Investiga��es da Pol�cia Federal revelaram desvios na obra e resultaram na pris�o de executivos da Eletronuclear. A conclus�o da obra deve demandar R$ 15,5 bilh�es, totalizando R$ 23,5 bilh�es. A usina ter� pot�ncia de 1.405 MW. A hidrel�trica de Teles Pires tem 1.820 MW e custou R$ 3,9 bilh�es.

As informa��es s�o do jornal O Estado de S. Paulo.


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