Governo n�o frear� Embraer-Boeing, diz general Heleno

A a��o da Embraer foi uma das mais vol�teis dentro do Ibovespa no preg�o de segunda, 7 Ap�s atingir a m�nima do dia, com queda de 4%, os pap�is reverteram a dire��o e fecharam entre as maiores altas, depois de declara��es do ministro do Gabinete de Seguran�a Institucional (GSI), general Augusto Heleno. Ele afirmou que o governo n�o considera interromper o acordo entre a americana Boeing e a fabricante brasileira e que Bras�lia est� "estudando" os termos acertados no fim do ano passado. Os pap�is terminaram o dia com valoriza��o de 2,07%, a R$ 21,23.

Na sexta-feira, 4, as a��es da Embraer j� tinham registrado a maior queda da Bolsa, de 5%, ap�s o presidente Jair Bolsonaro (PSL) declarar preocupa��es sobre a fus�o.

Segundo Heleno, o governo quer um acordo que seja "o melhor poss�vel para o Pa�s e n�o est� pensando em interromper a negocia��o". A declara��o, feita � imprensa ap�s a solenidade de posse de novos presidentes do Banco do Brasil, Caixa e Banco Nacional de Desenvolvimento Econ�mico e Social (BNDES), acalmou o mercado.

Acordo. A Embraer aceitou vender 80% de sua divis�o de avia��o comercial, a principal da empresa, para a forma��o de uma joint venture com a Boeing. Um dispositivo do acordo permite que a Embraer possa mais adiante vender os 20% restantes � gigante americana. O governo brasileiro precisa dar seu aval para fechar a opera��o entre as duas empresas. "Hoje (segunda) mesmo foi colocada a necessidade de se estudar se essa � a f�rmula ideal ou se n�s podemos pleitear outro tipo de solu��o", afirmou o ministro sobre esse ponto espec�fico do contrato.

Segundo Heleno, tamb�m h� uma preocupa��o com eventuais perdas para o Pa�s na �rea de desenvolvimento tecnol�gico. "Isso envolve um patrim�nio f�sico, um patrim�nio aeron�utico. Dentro desse patrim�nio aeron�utico existe uma preocupa��o muito grande com o patrim�nio tecnol�gico, que foi conseguido a duras penas ao longo de muitos anos e que n�s n�o pretendemos perder. Mas isso pode ser equacionado", disse Heleno.

O acordo, que j� elevou o valor da divis�o comercial da Embraer de US$ 4,75 bilh�es para US$ 5,26 bilh�es, envolve ainda uma parceria da Embraer com a Boeing para comercializa��o do cargueiro brasileiro KC-390, mas exclui os neg�cios da empresa brasileira nas �reas de avia��o executiva e de defesa.

Dono de uma a��o especial na Embraer, a chamada "golden share", o governo federal tem at� 16 de janeiro para chancelar o acordo. Depois, a venda ainda precisa ser aprovada por acionistas e �rg�os antitrustes. H� uma preocupa��o com poss�veis complica��es no tribunal da China. No Brasil, nos EUA e na Europa, a tend�ncia � que o aval saia rapidamente.

No fim do ano passado, o Tribunal Regional Federal da 3� Regi�o (TRF3) derrubou uma segunda liminar que suspendia a negocia��o. As informa��es s�o do jornal O Estado de S. Paulo.