Mais um general vai ocupar um cargo estrat�gico no governo Jair Bolsonaro. Ministro da Defesa da gest�o de Michel Temer, Joaquim Silva e Luna foi escolhido para ocupar a dire��o-geral da Itaipu Binacional, usina hidrel�trica que pertence ao Brasil e ao Paraguai. A nomea��o do general Silva e Luna foi confirmada por fontes do Pal�cio do Planalto e do Minist�rio de Minas e Energia, ao qual a empresa est� vinculada.
Os procedimentos para a nomea��o do general Silva e Luna est�o em andamento h� pelo menos duas semanas. V�rias reuni�es j� foram realizadas na pasta de Minas e Energia para discutir o que o novo governo quer da administra��o brasileira na empresa, que esteve na m�o do representante do PT Jorge Samek durante 14 anos e, agora, est� sob a dire��o de Marcos Stamm, que assumiu o cargo em abril de 2018, indicado pelo ex-presidente Temer.
O �ltimo militar a assumir a Itaipu foi Ney Braga (1985-1990). O diretor-geral de Itaipu ganha aproximadamente R$ 80 mil mensais, recebe entre 14 e 15 sal�rios por ano, tem plano de sa�de sem custo para toda fam�lia e mais plano de aposentadoria.
De acordo com informa��es obtidas pelo Estado, h� uma grande preocupa��o com o aparelhamento que existe na empresa. A ideia � seguir a orienta��o geral do Planalto, de verificar em que �reas est�o concentradas as nomea��es pol�ticas feitas ainda pela administra��o petista, mas n�o s� por ela, como tamb�m pelos demais partidos, inclusive o MDB, de Temer. H� preocupa��o tamb�m com a forte influ�ncia das administra��es do governo do Paran� na empresa binacional. Um dado que refor�a a tese do atual governo de que � muito forte a influ�ncia pol�tica do governo do Paran� sob a administra��o da Itaipu brasileira � que cresceu de 16 para 54 o n�mero de munic�pios do Estado que recebem royalties de Itaipu.
Todos os atos administrativos da parte brasileira ser�o revistos, principalmente nas �reas de seguran�a e de coordena��o. A �rea financeira tamb�m ter� um novo comando. O governo Bolsonaro quer tirar toda a influ�ncia pol�tica que exista na empresa, deixando-a com foco na sua atividade-fim, que � a gera��o de energia. Durante a administra��o petista, foram criadas v�rias �reas de atua��o que n�o t�m a ver com a atividade-fim da usina, abrindo um leque de a��es que estariam sendo usadas para beneficiar grupos pol�ticos. � o caso, por exemplo, da Universidade Federal da Integra��o Latino-Americana (Unila), instalada em Foz do Igua�u e criada em janeiro de 2007 com apoio da usina.
Revis�o 2023. Uma das quest�es relevantes de discuss�o da nova administra��o � em rela��o � revis�o do "Anexo C" do Tratado de Itaipu. Em 2023, o atual tratado completa 50 anos e, com isso, ser� encerrado o pagamento anual de US$ 2,2 bilh�es referente � d�vida de Itaipu. Esse valor representa 62% das despesas da usina. Esse tratado cuida da parte do financiamento da empresa, que estar� totalmente paga em 2023. A partir da�, o governo brasileiro ter� de fazer diversas negocia��es para definir o investimento dos recursos que ficar�o dispon�veis pelos dois pa�ses - Brasil e Paraguai - para definir os novos investimentos pela binacional. A renda de Itaipu � de US$ 3,8 bilh�es por ano e 62% desse montante � destinado ao pagamento da d�vida de seu financiamento. As informa��es s�o do jornal O Estado de S. Paulo.
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