GM quer �sacrif�cios� de funcion�rios para investir

O presidente da General Motors Mercosul, Carlos Zarlenga, deve explicar nesta ter�a, 22, aos representantes de trabalhadores das f�bricas de S�o Caetano do Sul e de S�o Jos� dos Campos, ambas em S�o Paulo, que tipo de "sacrif�cios" espera dos funcion�rios para evitar suspens�o de investimentos ou at� mesmo fechamento de unidades no Pa�s. O encontro, marcado para as 11h, na unidade de S�o Jos� dos Campos, ter� a participa��o de dirigentes dos sindicatos dos metal�rgicos das duas cidades, assim como dos respectivos prefeitos.

Enquanto Zarlenga vai expor o que considera um "momento muito cr�tico" nas opera��es locais - que registram preju�zos desde 2016 -, em S�o Bernardo do Campo o Sindicato dos Metal�rgicos do ABC far� um protesto em frente � f�brica da Ford para cobrar investimentos. A planta produz apenas o hatch Fiesta (que vendeu s� 16 mil unidades em 2018), al�m de caminh�es. Os sindicalistas sabem que uma f�brica dificilmente se sustenta com um s� produto.

GM e Ford n�o quiseram dar declara��es na segunda. Paulo Cardamone, presidente da consultoria Bright, lembra que os dois grupos passam por forte reestrutura��o em suas matrizes nos Estados Unidos. "Era de se esperar que essas reestrutura��es chegariam ao Brasil, mas n�o acredito que nenhuma delas v� deixar o Pa�s."

Na sexta-feira, Zarlenga divulgou comunicado a funcion�rios afirmando que ser� preciso aprovar um plano de viabilidade dos neg�cios na regi�o (Brasil e Argentina). Ele citou recentes declara��es da presidente mundial da GM, Mary Barra. "N�o vamos continuar investindo para perder dinheiro", disse ela.

Contradi��es. Nota divulgada pelas centrais CSP-Conlutas, CUT e For�a Sindical critica a GM. "A empresa anunciou lucro global superior a US$ 2,5 bilh�es no �ltimo trimestre e � l�der de vendas em nossa regi�o." Diz a nota que os trabalhadores j� fizeram v�rios sacrif�cios, "mas a empresa sempre quer mais". As informa��es s�o do jornal O Estado de S. Paulo.