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Estado de Minas ECONOMIA

�� preciso dar um choque na Previd�ncia�, diz Luiz Carlos Trabuco Cappi


postado em 22/01/2019 11:10

Pela primeira vez em Davos como presidente do conselho de administra��o do Bradesco, Luiz Carlos Trabuco Cappi, que completa 50 anos de casa em 2019, tem um recado bastante claro para o presidente Jair Bolsonaro: � preciso fazer um "choque" nas regras da Previd�ncia, sem gradualismos. "N�o d� para deixar de ter senso de urg�ncia", afirmou em entrevista concedida ao Estad�o/Broadcast na noite de segunda, 21, no centro de conven��es do F�rum Econ�mico Mundial de Davos.

Para ele, ainda que Bolsonaro tenha dito quando chegou aos Alpes, na tarde de ontem, que seu discurso de hoje ser� curto, o presidente deve tocar no tema da reforma da Previd�ncia, que � o sinal mais aguardado pelos investidores estrangeiros para voltarem a colocar recursos no Pa�s. "O novo governo, por si s�, j� � suficiente para mudar a percep��o dos agentes - por um tempo. Senso de urg�ncia � uma palavra de ordem. Temos de despautar esse tema este ano."

Passado esse obst�culo, o executivo acredita na retomada do grau de investimento pelo Brasil, ainda na atual administra��o. A seguir, os principais trechos da entrevista.

Muitos investidores parecem interessados no Brasil, mas n�o t�m confian�a suficiente para colocar recursos, de fato. Nesse sentido, o discurso do presidente brasileiro est� atraindo bastante curiosidade aqui em Davos. Qual � a sua expectativa?

O pessoal de Davos olha o Brasil com interesse porque somos um pa�s que tem densidade territorial e populacional, b�nus da agricultura e das commodities. A discuss�o sobre seu futuro provoca aten��o em todos. Parece que estamos sempre postergando esse encontro marcado com o futuro do Pa�s. Mas agora mudou. Com a mudan�a do governo, do modelo econ�mico, da recusa da chamada nova matriz econ�mica, tudo isso deu um h�lito novo, um clima de esperan�a. Vivemos mais do que uma lua de mel. Isso est� no pre�o do d�lar, da bolsa e dos b�nus. Somos um objeto de desejo. Acho que teremos esses sinais (aos investidores) amanh� (hoje), com o almo�o do ministro da Economia, Paulo Guedes, e o discurso de Bolsonaro.

O sr. falou que a Argentina pode ter pecado pelo gradualismo. No caso da Previd�ncia, se vier uma reforma gradual pode ser um risco?

Sou um cr�tico dos mecanismos de gradualismo porque no trato dos desafios econ�micos eles eram adequados quando o mundo era mais simples, com o padr�o ouro, Breton Woods... Mas ap�s a globaliza��o, que � um conceito econ�mico, a digitaliza��o, a moeda internacional, os ratings internacionais ficaram muito presentes. Ent�o, n�o podemos nos contentar em fazer transforma��es gradualistas. Tem de dar um choque. O que se prop�e no Brasil deste momento � um choque de liberalismo, em que o capital privado possa ter protagonismo. At� porque o capital estatal ficou diminuto porque estamos com d�ficit.

E em que prazo isso precisa acontecer?

Chegamos a um n�vel de consci�ncia t�o grande da necessidade da reforma da Previd�ncia, que n�o haver� um governador que n�o v� se empenhar para a aprov�-la. O novo governo, por si s�, j� � suficiente para mudar a percep��o dos agentes - por um tempo. Senso de urg�ncia � uma palavra de ordem. Temos de despautar esse tema este ano. Por isso, que a reforma ficou emblem�tica, necess�ria e temos de desenhar um sistema que seja autossustent�vel no longo prazo.

O sr. est� falando da proposta de capitaliza��o?

Sim. Para os entrantes, essa proposta � poss�vel, necess�ria e desej�vel. Para o pessoal que j� est�, � preciso fazer regra de transi��o. A reforma da Previd�ncia tem de ser feita, est� umbilicalmente ligada ao conceito do Pa�s. Tem de ser colocada no ger�ndio, no sentido de se trabalhar em etapas, com implanta��o gradual. A reforma da Previd�ncia � colocada porque � uma mudan�a de gera��es. Ela tem duas vertentes: uma � dos ajustes gerenciais, como combate � fraude, aumento de arrecada��o, espa�o para formaliza��o de trabalhadores que sejam contribuintes. A Previd�ncia precisa de um choque atuarial. O d�ficit fiscal � o �nico ponto que nos torna distante do grau de investimentos. O que nos amarra � a perspectiva de solv�ncia p�blica para o m�dio e longo prazos.

O sr. acredita na volta do grau de investimento nesta gest�o?

Acho que tem condi��es. Parece que estamos saindo de uma esp�cie de c�rculo vicioso e a nova gest�o deve migrar isso para um c�rculo virtuoso. As informa��es s�o do jornal O Estado de S. Paulo.


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