Uma opera��o da Pol�cia Federal realizada nesta segunda-feira, 28, desarticulou um suposto esquema de corrup��o dentro da ger�ncia regional da Ag�ncia Nacional de Minera��o (ANM) na Bahia que beneficiava mineradoras.
Seis funcion�rios do �rg�o, entre eles o gerente regional Cl�udio da Cruz Lima, que atuava na chefia de fiscaliza��o da ANM na Bahia, e outros dois servidores que o antecederam no cargo, foram afastados de suas respectivas fun��es por determina��o da 17� Vara Federal de Salvador.
Segundo a PF, eles recebiam vantagens indevidas para priorizar o andamento de processos administrativos e at� mesmo para modificar decis�es contr�rias aos interesses de empres�rios que se dispunham a efetuar esses pagamentos il�citos.
Os ind�cios apontam, ainda, que os dirigentes do �rg�o atuavam para beneficiar empres�rios ligados ao grupo pol�tico respons�vel por sua indica��o para o cargo. Sessenta policiais cumpriram 22 mandados de busca e apreens�o em Salvador e Lauro de Freitas, na regi�o metropolitana.
A PF informou que a opera��o ainda est� em andamento e que houve a apreens�o de uma quantia de dinheiro ainda n�o contabilizada - o local onde houve apreens�o do dinheiro n�o foi informado. O delegado respons�vel pelo caso, Fernando Ballalai Berbert, vinha realizando as investiga��es desde o final de 2017.
Os investigados, segundo a PF, responder�o pelos crimes de organiza��o criminosa, corrup��o passiva, prevarica��o e advocacia administrativa.
A reportagem n�o conseguiu contato com o gerente regional da ANM, Cl�udio da Cruz Lima, que est� com o celular desligado. Na semana passada, ele disse que, das 14 barragens de rejeitos de mineradoras que atuam na Bahia, quatro possuem alto potencial de dano.
Duas est�o localizadas em Jacobina (da Yamana Gold, que explora ouro), uma em Santa Luz (da Brio Gold, tamb�m de explora��o de ouro) e outra em Itagib� (da Mirabela Minera��o, que realiza extra��o de n�quel sulfato).
Segundo Cruz, as empresas est�o cumprindo as condicionantes da ANM e s�o realizadas fiscaliza��es anuais. Procurada para comentar sobre a opera��o, a ANM n�o respondeu at� o fechamento desta reportagem.
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