As startups de mobilidade urbana Yellow, criada no Brasil, e a mexicana Grin anunciaram na quarta, 30, que v�o fundir suas opera��es. Juntas, elas formar�o uma nova companhia, a Grow, que far� o compartilhamento de 135 mil bicicletas e patinetes em seis pa�ses da Am�rica Latina. As duas empresas pretendem manter, por enquanto, seus aplicativos funcionando separadamente nas 15 cidades onde est�o presentes.
Para concretizar o neg�cio, as duas startups levantaram, juntas, US$ 150 milh�es com fundos de investimentos. Os recursos ser�o utilizados para a aquisi��o de bicicletas e patinetes, bem como aportes em expans�o pelo continente. Ao Estado, a Grow informou que pretende chegar a "dezenas de cidades" do Brasil nos pr�ximos meses - Vit�ria e Vila Velha, no Esp�rito Santo, ser�o as pr�ximas.
Ao ser criada, a Grow se antecipa � chegada de rivais americanas ao mercado brasileiro de mobilidade. O Uber, com a startup de bicicletas el�tricas Jump, j� confirmou que pretende oferecer bicicletas e patinetes no Pa�s em 2019. H� ainda expectativa de que a Lime, uma das principais empresas do setor no Vale do Sil�cio, estreie por aqui, segundo fontes do mercado.
Cadeiras. A nova empresa ser� comandada por Sergio Romo, atual presidente executivo da Grin, fundada no M�xico em abril de 2018. J� o presidente do conselho ser� Jonathan Lewy, cofundador da startup mexicana. Segundo apurou o Estado, a Grin ter� maior participa��o acion�ria do que a brasileira na nova companhia. Questionada, a Grow n�o comenta o tema.
Fundador da Yellow, surgida no in�cio de 2018, Ariel Lambrecht ser� o vice-presidente de produto da Grow. Respons�vel tamb�m pela cria��o da empresa de transporte por aplicativo 99, vendida � chinesa Didi no ano passado, ele tamb�m vai comandar a opera��o brasileira da Grow. "Tivemos a sorte de juntar dois times experientes e bem-sucedidos com compreens�o da mobilidade na Am�rica Latina", disse Lambrecht, em nota enviada � imprensa.
Eduardo Musa, ex-presidente da Caloi e cofundador da Yellow, deixar� a opera��o. J� Renato Freitas, parceiro de Lambrecht na cria��o da 99 e da Yellow, permanecer� como s�cio acionista da Grow. Em dezembro passado, ele j� havia deixado o dia a dia da companhia para se dedicar � fam�lia e � mentoria de startups.
Futuro. Al�m de se expandir pela Am�rica Latina, a Grow tamb�m pretende continuar a desenvolver uma tecnologia pr�pria de pagamentos, a Yellow Pay, voltada para usu�rios desbancarizados.
A Grow tamb�m manter� a parceria com a colombiana Rappi - hoje, usu�rios da plataforma de entregas podem utilizar os patinetes da Grin sem precisar baixar o aplicativo da empresa mexicana.
Para Paulo Furquim de Azevedo, professor de Neg�cios do Insper, a fus�o das duas empresas se justifica por uma quest�o operacional. "Quanto mais patinetes ou bicicletas estiverem dispon�veis pela cidade, mais contente ficar� o usu�rio", avalia Azevedo. "A Grow tamb�m se antecipa � chegada de rivais externos, como o Uber."
Para o professor do Insper, h� desafios pela frente no horizonte da Grow. "A Prefeitura j� discute restri��es para o uso de patinetes em S�o Paulo", diz Furquim. Por�m, ao contr�rio do que aconteceu com outros aplicativos de transporte como o Uber, a regulamenta��o n�o deve ser no sentido de bloquear ou impedir o neg�cio das empresas. "� uma forma de transporte que pode gerar impacto positivo na mobilidade urbana." As informa��es s�o do jornal O Estado de S. Paulo.
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