A alta de 0,2% registrada pela ind�stria em dezembro ante novembro de 2018 n�o conseguiu reduzir a dist�ncia entre o patamar de produ��o atual e o ponto mais elevado j� registrado na s�rie hist�rica da Pesquisa Industrial Mensal, divulgada pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estat�stica (IBGE). Em dezembro, o patamar de produ��o estava 16,3% menor que o auge alcan�ado em maio de 2011, em n�vel semelhante ao de mar�o de 2009.
"A ind�stria n�o consegue desgarrar desse patamar do in�cio de 2009, que � muito pr�ximo ao fim de 2008, �poca da crise internacional", disse Andr� Macedo, gerente da Coordena��o de Ind�stria do IBGE.
A fabrica��o de bens de capital estava 39,0% abaixo do pico de produ��o registrado em setembro de 2013, enquanto os bens de consumo dur�veis operavam 31,9% aqu�m do �pice de produ��o visto em junho de 2013.
"Bens de capital piorou nos �ltimos dois meses. S�o aqueles produtos ligados aos investimentos do setor industrial, voltados para amplia��o e moderniza��o de parque produtivo que v�m mostrando arrefecimento nos �ltimos meses", explicou Macedo.
De janeiro a dezembro de 2018, a ind�stria acumulou um avan�o de 1,1%. No entanto, o desempenho de 2017 tinha sido melhor, com alta de 2,5%. O ganho ainda foi insuficiente para recuperar os tr�s anos anteriores de quedas (em 2016, -6,4%; em 2015, -8,3%; em 2014, -3,0%).
Em 2018, apenas 13 dos 26 ramos investigados registraram crescimento, com destaque para o desempenho dos ve�culos automotores, reboques e carrocerias (12,6%), que exerceu a maior influ�ncia positiva sobre a m�dia global.
"A ind�stria automobil�stica aparece sustentando esse resultado no ano, a despeito desse segmento estar mostrando uma redu��o de ritmo nos �ltimos meses", disse Macedo.
Outras altas relevantes ocorreram em metalurgia (4,0%), celulose, papel e produtos de papel (4,9%), ind�strias extrativas (1,3%), m�quinas e equipamentos (3,4%), produtos farmoqu�micos e farmac�uticos (6,1%), coque, produtos derivados do petr�leo e biocombust�veis (1,0%), produtos de metal (2,7%) e equipamentos de inform�tica, produtos eletr�nicos e �pticos (2,6%).
Entre as 13 atividades em queda, o principal impacto negativo foi do recuo dos produtos aliment�cios (-5,1%), mas tamb�m tiveram perdas intensas a confec��o de artigos do vestu�rio e acess�rios (-3,3%) e couro, artigos para viagem e cal�ados (-2,3%). "O que se tem nesse momento � um setor industrial que caminha muito lentamente", resumiu o gerente do IBGE.
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