Os tr�s maiores bancos privados do Brasil viram o lucro l�quido consolidado acelerar a taxa de expans�o no �ltimo trimestre de 2018. Apesar de o motor para os n�meros at� ent�o ser o menor gasto com calotes, para 2019, essas institui��es j� veem o cr�dito podendo retomar um ritmo de crescimento de dois d�gitos e recuperar, de quebra, o posto de principal fonte de resultados dos pesos pesados do setor financeiro.
Juntos, Ita� Unibanco, Bradesco e Santander apresentaram lucro l�quido recorrente de R$ 15,713 bilh�es no quarto trimestre do ano passado, cifra 13% maior que a vista 12 meses antes, de R$ 13,894 bilh�es. Em todo o exerc�cio de 2018, o resultado dos privados ficou em R$ 59,695 bilh�es, montante 10,84% maior que o de 2017, quando somou R$ 53,856 bilh�es.
Com os resultados de 2018 em linha com as proje��es do mercado, o destaque da abertura dos n�meros dos grandes bancos ficou para as proje��es de desempenho para o exerc�cio em quest�o - com exce��o do Santander, que n�o divulga guidances. Na opini�o do diretor de renda vari�vel da Eleven Financial, Carlos Daltozo, o guidance divulgado por Bradesco e Ita� ilustra exatamente o diferente momento vivido pelos dois bancos.
"Enquanto, no Bradesco, o agressivo guidance aponta uma acelera��o dos resultados, no Ita�, as proje��es para 2019 s�o mais t�midas, resultando em menor crescimento de lucro", destaca ele. Segundo Daltozo, no ponto m�dio, o guidance do Bradesco aponta para um crescimento acima de 20% do lucro. J� a proje��o do Ita� indica eleva��o de 11%.
Sob o ponto de vista do cr�dito, entretanto, os dois maiores bancos privados do Pa�s em ativos veem a possibilidade de suas carteiras retomarem o patamar de dois d�gitos de expans�o neste ano. O Bradesco est� mais otimista e espera que seus empr�stimos totais cres�am de 9% a 13% em 2019. J� o Ita� prev� alta de 8% a 11%.
No que tange ao retorno, o Ita� segue na lideran�a entre os privados. O banco encerrou dezembro com indicador (ROE, na sigla em ingl�s) de 21,8%, acima dos 21,3% vistos em setembro de 2018. Na sequ�ncia, o Santander manteve a segunda posi��o com rentabilidade recorde de 21,1%, ante 19,5%. J� o Bradesco fechou o quarto trimestre com retorno de 19,7%, superior aos 19,0% registrados nos tr�s meses anteriores.
O presidente do Santander, Sergio Rial, destacou que n�o � poss�vel manter a rentabilidade do banco crescendo a partir do patamar do visto no quarto trimestre, uma vez que o per�odo � sazonalmente mais forte, mas ponderou que o banco segue focado em crescer com rentabilidade. J� o presidente do Bradesco, Octavio de Lazari, mira retorno acima dos 20%. "Seria �timo chegar aos 20% de ROE, mas vamos buscar indicador melhor ainda. A busca pelo indicador � o melhor poss�vel", disse o executivo, em conversa com a imprensa, na semana passada.
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