
Os carrinhos de supermercado abastecidos mostram que, pouco a pouco, o pa�s se despede da crise financeira que assola o Brasil h� quase cinco anos. Pela primeira vez, desde 2014, o setor supermercadista projeta crescimento anual acima dos 4%, com a expectativa de faturar mais de R$ 37,2 bilh�es em 2019. A confian�a vem dos resultados do ano passado, que superaram as previs�es. Balan�o divulgado pela Associa��o Mineira de Supermercados (Amis) revela que o faturamento do segmento aumentou 2,98%, chegando a R$ 35,8 bilh�es, enquanto a proje��o inicial era de 2,8%.
O setor tamb�m abriu nove lojas al�m do esperado, com 69 novos estabelecimentos, chegando a 7.242 pontos de venda. Os investimentos, estimados em R$ 440 milh�es, chegaram a R$ 514 milh�es. “Conseguimos perceber uma recupera��o da economia. A partir de 2019, vamos voltar para o patamar de crescimento de 4%, que j� � um sinalizador positivo”, afirma o superintendente da Amis, Ant�nio Claret Nametala.
Um dos destaques no ano foram os atacarejos, lojas que, como o pr�prio nome diz, atendem quem compra tanto em pequenas quanto em grandes quantidades. Das 69 lojas inauguradas no ano passado, 25 comp�em esse nicho de mercado. Somente a rede Mart Minas Atacado e Varejo, com 30 lojas em todo o estado, abriu cinco unidades em 2018 e programa a abertura de mais oito em 2019.
“O atacarejo virou um modelo de abastecimento. A crise nos favoreceu porque as compras ficam, no m�nimo, 10% mais baratas do que em um supermercado convencional. O consumidor voltou a fazer a compra do m�s para produtos menos perec�veis”, ressalta o diretor administrativo-financeiro do grupo, Matheus Neves. “O atacarejo n�o tem servi�os como padaria e carne fatiada, mas, em compensa��o, vende muito mais barato, conseguindo atender desde fam�lias at� os pequenos comerciantes”, diz.
EXPRESS
Para este ano, a Amis prev� 70 novas lojas, que v�o gerar mais 7,3 mil postos de trabalho. A aposta � no aquecimento da modalidade de supermercados “express”, unidades compactas focadas em compras r�pidas. No ano passado, houve a abertura de apenas uma unidade desse tipo. Mas para que as expectativas positivas se confirmem, a entidade aguarda a aprova��o das reformas prometidas pelo governo. “Acreditamos que vir�o mudan�as na pol�tica estadual e federal, e, ainda, a aprova��o da reforma da Previd�ncia”, cita Claret.