A mat�ria enviada anteriormente continha uma incorre��o no primeiro par�grafo. As seguradoras n�o v�o cruzar as suas bases de clientes como constou, mas vender seguros uma na base de clientes da outra. Segue texto corrigido:
As seguradoras HDI, do grupo alem�o Talanx, e a brasileira Icatu Seguros, controlada pela fam�lia Almeida Braga, selaram ap�s oito meses de namoro uma parceria exclusiva para vender seguros na base de clientes uma da outra, de olho em R$ 250 milh�es em vendas em at� cinco anos. O casamento, antecipado pela Coluna do Broadcast no final do ano passado, come�a como um acordo comercial, mas pode evoluir para uma joint venture no futuro, podendo se tornar uma tend�ncia no mercado brasileiro de uma onda j� estabelecida nos Estados Unidos, com players especializados diversificando seus neg�cios por meio da uni�o a concorrentes complementares.
O pontap� para a parceria, que estar� operacional a partir do segundo semestre deste ano, ser� a oferta de seguros de vida e de acidentes pessoais, desenhados a quatro m�os pelas duas seguradoras. Em um primeiro momento, os produtos da Icatu ser�o vendidos para os 2,5 milh�es clientes da HDI por meio dos seus canais de venda, cujo centro s�o os corretores de seguros, um ex�rcito de 23 mil profissionais. Cada seguradora ficar� com 50% das receitas geradas pelas vendas cruzadas que v�o focar tanto pessoas f�sicas quanto jur�dicas.
O presidente da Icatu, Luciano Snel, diz que o casamento s� est� no come�o e, conforme ambas as empresas forem convivendo no dia a dia, a expectativa � ampliar o portf�lio da parceria. Na mira, est� a venda de seguros de autom�veis, residenciais e empresariais oferecidos pela HDI na base da Icatu, que conta com 5 mil corretores de seguros. "� medida que formos entendendo uma os pontos fortes da outra, as possibilidades se multiplicam", diz ele.
At� mesmo porque antes de avan�ar o sinal, conforme o presidente da HDI, Murilo Riedel, h� todo um aprendizado em termos de gest�o compartilhada e governan�a corporativa. Ele lembra que muito "casamento corporativo" n�o d� certo justamente por falta de flexibilidade e voca��o para o neg�cio. "S�o duas lideran�as. Temos de ter baixa vaidade e gerir o neg�cio de forma compartilhada", destaca o executivo.
Do lado da HDI, diz Riedel, a parceria com a Icatu vai ao encontro do esfor�o da companhia de se reposicionar, isto �, ampliar o foco que antes girava em torno do seguro de autom�vel, � a quinta maior no mercado brasileiro, para uma seguradora de mobilidade urbana. E isso, lembra ele, inclui riscos pessoais, com os quais a companhia at� ent�o n�o atuava. A op��o de se aliar a um player especialista ao inv�s de come�ar o neg�cio do zero visa economizar tempo e recursos.
"Nos pr�ximos anos, seguradoras como a HDI ter�o de expandir seus investimentos para se tornarem ecossistemas", atenta o presidente da HDI, esclarecendo que pesa, sobretudo, o contexto do setor automotivo no Pa�s, com envelhecimento da frota e menos consumo de ve�culos novos e que servem de combust�vel para o setor de seguros.
Al�m de complementares, as seguradoras t�m em comum, segundo seus executivos, um perfil de parcerias. A Icatu tem acordos com o banco ga�cho Banrisul, a plataforma de investimentos digital �rama e, mais recentemente, o Inter. J� a HDI est� em vias de colocar de p� uma joint venture com o Santander Brasil com foco no seguro de autom�vel.
A exemplo do movimento capitaneado por ambas as seguradoras no Brasil, a uni�o de players especializados em segmentos complementares pode ganhar escala por aqui, segundo os executivos, com mais competidores se aliando em busca de sinergias de neg�cios.
Nessa mesma dire��o, por exemplo, a Porto Seguro, l�der no seguro de autom�vel, e a americana AIG, mais voltada para contratos corporativos, se uniram para deslanchar o seguro para pequena e m�dia empresa no Brasil.
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