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Estado de Minas ECONOMIA

Com hist�rico de perdas e d�vida de R$ 1,2 bilh�o, Jari Celulose busca s�cio


postado em 22/02/2019 08:10

A Jari Celulose, controlada pelo empres�rio S�rgio Amoroso, est� em negocia��es com investidores para vender uma parte ou totalidade de seu neg�cio. Instalada na regi�o amaz�nica, entre os Estados do Amap� e do Par�, a f�brica da Jari acumula d�vidas de R$ 1,2 bilh�o. A entrada de um s�cio � vital para manter as opera��es da companhia, especializada em celulose sol�vel (usada para a produ��o de tecido).

Idealizado pelo americano Daniel Keith Ludwig, o projeto Jari come�ou a sair do papel no fim dos anos 1960. O bilion�rio mandou construir uma f�brica de celulose no Jap�o, transportada por meio de barca�as at� as margens do rio Jari. Instalada em uma �rea de mais de 1 milh�o de hectares, a f�brica inclui uma ferrovia, um terminal portu�rio e florestas de eucaliptos. Por causa da localiza��o, no entanto, a viabilidade econ�mica do projeto � questionada. O empres�rio deixou o Pa�s no in�cio dos anos 1980, ap�s vender a Jari com preju�zo.

O projeto mudou de m�os algumas vezes antes de ser adquirida por S�rgio Amoroso, que era dono do grupo Orsa, no in�cio dos anos 2000. O empres�rio comprou a empresa por um valor simb�lico e assumiu as d�vidas, que � �poca j� eram de US$ 400 milh�es.

Agora, com o aumento do pre�o da celulose no mercado internacional e o movimento de consolida��o do setor - que ganhou for�a ap�s a fus�o entre Suzano e Fibria -, os acionistas da Jari Celulose come�aram a se articular para buscar um s�cio para o neg�cio e evitar uma recupera��o judicial, afirmaram fontes pr�ximas �s negocia��es.

No fim de 2018, a empresa contratou os bancos BTG Pactual e o Bradesco BBI para procurar investidores. Os donos - Amoroso tem 75% e o empres�rio Jorge Henriques, os outros 25% - est�o abertos � entrada de um s�cio ou � venda de todo o projeto industrial.

Pessoas pr�ximas �s negocia��es afirmaram que grupos asi�ticos estariam interessados, entre eles a RGE (Royal Golden Eagle), que j� tem uma unidade de celulose sol�vel no Brasil. Procurada, a RGE informou que sempre analisa oportunidades, mas n�o comenta rumores de mercado. Em janeiro, os bancos come�aram a receber propostas n�o vinculantes. As propostas firmes dever�o ser analisadas nos pr�ximos 90 dias.

A expectativa dos s�cios, segundo pessoas par do assunto, � levantar entre R$ 1,4 bilh�o e R$ 1,5 bilh�o com a venda da Jari.
O presidente da companhia, Patrick Nogueira, confirmou ao jornal O Estado de S. Paulo que os controladores est�o em conversas para a entrada de um investidor, mas n�o deu detalhes do neg�cio.

Segundo ele, a planta da Jari produz 250 mil toneladas por ano de celulose sol�vel e fatura cerca de R$ 700 milh�es. As d�vidas est�o nas m�os do BNDES, Banco do Brasil e bancos privados, entre eles o Bradesco. O atual projeto comporta um aumento de 20% da produ��o e h� possibilidade de cria��o de uma nova linha de celulose para outras 750 mil toneladas.

Entrave

Uma das maiores dificuldades para a entrada de um s�cio � a localiza��o em plena floresta amaz�nica. A venda do pacote completo do projeto Jari � considerada complexa. Instalada no meio da floresta, a �rea agr�cola e florestal da companhia n�o pode ser repassada a investidores estrangeiros, uma vez que o Pa�s imp�e restri��es para aquisi��o de terras por grupos internacionais.

Fontes ouvidas pelo jornal O Estado de S. Paulo afirmaram que h� na mesa discuss�es para a venda da �rea industrial e de ativos florestais, sem incluir as terras. Os atuais controladores ficariam como propriet�rios da �rea florestal e poderiam diluir suas participa��es. Do total de 1 milh�o de hectares sob a gest�o do grupo, somente 120 mil hectares s�o ocupadas por florestas de eucalipto que viram mat�ria-prima para o projeto industrial.

Em 2016, ap�s novos investimentos, a Jari converteu a unidade de celulose tradicional para sol�vel, que � destinado para a produ��o de tecido (viscose) e toda a produ��o voltada 100% para exporta��o, sobretudo mercado chin�s. No entanto, os acionistas acumularam mais d�vidas desde ent�o e precisam de capital para que a empresa n�o tenha de recorrer � recupera��o judicial.

Em 2012, Amoroso, que j� era dono do grupo Orsa, vendeu a Jari Celulose e Papel, de embalagens, para o grupo International Paper. O valor do neg�cio foi de R$ 1,27 bilh�o. A companhia, por�m, tinha seis f�bricas, n�o estando concentrada na regi�o amaz�nica. As informa��es s�o do jornal O Estado de S. Paulo.


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