O ministro da Economia, Paulo Guedes, defendeu nesta sexta-feira, 22, a reforma da Previd�ncia proposta pelo governo Jair Bolsonaro como "o primeiro ataque robusto aos gastos p�blicos", em discurso durante a cerim�nia de posse da presidente do Instituto Brasileiro de Geografia e Estat�stica (IBGE), Susana Cordeiro Guerra, no Rio.
"A reforma da Previd�ncia � o primeiro ataque robusto aos gastos p�blicos", afirmou Guedes.
Em sua fala, o ministro voltou a citar argumentos sempre presentes em seus discursos, como a defesa de que a elei��o de Bolsonaro significa que o Brasil � uma "democracia vibrante", com "poderes independentes", e a avalia��o de que todos os governos ap�s a redemocratiza��o foram "sociais-democratas", e que agora � hora de um governo liberal.
Ao citar a hist�ria da economia brasileira, Guedes classificou como "truncada" a transi��o de uma pol�tica econ�mica focada em investimentos em infraestrutura e ind�stria da base, durante os governos da ditadura militar, para uma pol�tica de aumento de gastos nas �reas sociais, como sa�de e educa��o, a partir dos governos civis.
Segundo Guedes, essa transi��o deixou de lado o controle dos gastos p�blicos, levando a hiperinfla��o. Mesmo ap�s a estabiliza��o, o problema do aumento crescente dos gastos dos governos n�o foi atacado.
"Um programa virtuoso de estabiliza��o leva um ano e meio. Levar dez anos � sinal de que n�o est� atacando gastos fiscais", afirmou Guedes, numa refer�ncia ao Plano Real.
O ministro chegou a dizer que "s� agora come�amos a atacar" os gastos p�blicos, embora tenha dito que queria "dar o cr�dito" a iniciativas anteriores, como a Lei de Responsabilidade Fiscal, de 2000, e o teto dos gastos p�blicos, criado no governo Michel Temer. "Tudo isso veio, mas n�o adianta botar teto se n�o tem paredes. Hoje o teto est� solto", afirmou Guedes.
O ministro alertou que o problema do gasto p�blico excessivo ainda precisa ser atacado por causa do elevado endividamento p�blico. Segundo Guedes, a d�vida p�blica � composta por "ativos ruins", com juros altos, e cresce como uma "bola de neve".
"Aparentemente est� tudo calmo porque a infla��o est� baixa, mas a d�vida est� chegando a R$ 4 trilh�es", afirmou o ministro.
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