B3 e outras 67 bolsas mundiais tocam sino juntas no Dia Internacional da Mulher

A B3 e outras 67 bolsas participam do "toque o sino" conjunto nesta sexta-feira, 8, Dia Internacional da Mulher, para promo��o do tema de equidade de g�nero nas empresas.

O presidente da B3, Gilson Finkelsztain, que abriu o evento, destacou que dois s�culos ser�o necess�rios para que haja o fim da desigualdade de g�nero no mundo. Ele notou ainda que houve queda no n�mero de mulheres ocupando os cargos de CEO no ano passado para 24 globalmente, de 32 em 2017.

Finkelsztain observou ainda que 18% dos conselhos de administra��o t�m preocupa��o com a ocupa��o de assentos por mulheres. Ele notou ainda que as mulheres recebem o equivalente a 76% dos sal�rios dos homens e trabalham tr�s horas a mais.

Os presentes ao evento ressaltaram o impacto positivo no resultado das empresas com a presen�a das mulheres nos cargos de alto escal�o. Ana Carolina Querino, representante da ONU Mulheres, citou pesquisas mostrando que a margem de lucro das empresas aumentou 3,7% entre as que t�m mais de uma mulher em seus conselhos. O ganho pode ser elevado em 6% no caso das companhias com 60% dos conselhos formados por mulheres.

"O desafio da equidade � o protagonismo", disse o presidente do Santander, S�rgio Rial. Ele afirmou que as mulheres t�m de se provar, citando Ana Bot�n, chairman do Santander.

Rial aconselhou as mulheres a terem ambi��es, assumirem o desejo de mudan�a, o protagonismo individual, administrarem suas carreiras com garra para assumir as lideran�as. Rial falou ainda de "for�a mental" e "resili�ncia emocional".

Denise Hills, representante do Pacto Global e consultora chefe de sustentabilidade do Ita� Unibanco, afirmou ser preciso um compromisso p�blico assumido pelas empresas para que haja conscientiza��o da relev�ncia para a sociedade e para os neg�cios da redu��o do impacto clim�tico e amplia��o da participa��o das mulheres nas empresas.

Ela destacou que no Brasil apenas 10% dos cargos de diretoria executiva no mercado financeiro s�o ocupados por mulheres. Mas acrescentou que a situa��o n�o � diferente no mundo, lembrando que na Noruega, um dos pa�ses de menor diferencia��o de g�nero, a participa��o � 16%.