Institui��es financeiras internacionais reduziram nesta ter�a-feira, 12, suas estimativas de crescimento para a economia brasileira no ano de 2019. O BNP Paribas revisou sua proje��o de avan�o do Produto Interno Bruto (PIB) do Pa�s neste ano de 3% para 2%, enquanto o Bank of America Merrill Lynch reduziu novamente sua previs�o de alta, de 3% para 2,4%. H� duas semanas, o banco americano j� havia revisado sua estimativa, de 3,5% para 3%.
O economista-chefe do banco franc�s, Jos� Carlos Faria, acredita que o Banco Central deve manter a taxa de juros no patamar atual, de 6,5% ao ano, at� o final de 2019.
"Os �ltimos indicadores mostraram avan�o modesto no primeiro trimestre apesar da pol�tica monet�ria expansionista", disse Faria. Ele ressaltou que o cen�rio externo, marcado por desacelera��o das principais economias, � ruim para as exporta��es brasileiras, com a atividade de grandes parceiros comerciais do Pa�s, como Europa, China e Argentina, perdendo f�lego.
O banco tinha previs�o de eleva��o da Selic no segundo semestre, mas mudou a estimativa e agora v� eleva��o apenas em mar�o de 2020, por conta da atividade econ�mica mais fraca que o esperado em 2019.
Outro ponto que pesa contra uma expans�o maior do PIB brasileiro � que o mercado de trabalho vem se recuperando muito lentamente, afirmou Faria. J� o investimento privado, destacou Faria, s� deve se recuperar com a aprova��o da reforma da Previd�ncia no Congresso.
BofA
O crescimento mais fraco que o esperado no trimestre final de 2018 e um come�o de 2019 com atividade fraca foram os fatores que levaram o Bank of America Merrill Lynch (BofA) a reduzir a estimativa, de acordo com o relat�rio, assinado pelos economistas para Brasil, David Beker e Ana Madeira. Outro ponto � que o deteriorado mercado de trabalho tem mostrado lentid�o em se recuperar.
O banco acredita que a reforma da Previd�ncia deve provocar maior impacto no crescimento econ�mico apenas em 2020. Apesar de reduzir a estimativa para 2019, a institui��o manteve sua previs�o de expans�o da economia brasileira no ano que vem em 3%. "A aprova��o da reforma este ano deve ter um maior impacto no crescimento de 2020", afirmou em relat�rio.
Indicadores de confian�a de consumidores e empres�rios t�m mostrado melhora, apontando para um maior crescimento, mas a d�vida � quando esta expans�o vir�, ressaltam os economistas. A expectativa � que o avan�o do consumo se d� agora em ritmo mais gradual, quando se leva em conta dados de atividade de janeiro e fevereiro.
J� o investimento s� deve ganhar tra��o mais para o final do ano, por conta da tramita��o mais lenta da reforma da Previd�ncia. O BofA espera que a primeira vota��o na C�mara ocorra em julho ou agosto.
Al�m da tramita��o da Previd�ncia, os economistas observam que choques externos colocam riscos baixistas nas proje��es do PIB brasileiro. Um dos fatores que podem atrapalhar a recupera��o � a crise argentina, terceiro maior destino das exporta��es brasileiras.
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