A Boeing suspendeu ontem as entregas de seu modelo mais vendido, o 737 Max. A aeronave est� proibida de voar na maioria dos pa�ses, ap�s um acidente da Ethiopian Airlines no domingo, que matou as 157 pessoas a bordo. Foi o segundo acidente com o modelo em cinco meses.
Desde segunda-feira, a fabricante perdeu US$ 27 bilh�es em valor de mercado. Companhias a�reas, especialistas da ind�stria aeron�utica e financistas disseram que, embora a proibi��o teoricamente n�o impe�a algumas entregas dom�sticas, a maioria das companhias a�reas evitar� que uma aeronave banida esteja em atividade ap�s dois acidentes em cinco meses.
Em opera��o
Apesar do congelamento da entrega, a Boeing continuar� produzindo os 737 e planeja acelerar a produ��o novamente me junho. A companhia fabrica 52 aeronaves por m�s e sua vers�o mais recente, a Max, representa a maior parte da produ��o. A Boeing se recusou a divulgar n�meros exatos.
A companhia planejava aumentar a produ��o para 57 avi�es por m�s. A Boeing tem 4.636 encomendas desse tipo de aeronave.
"Continuaremos construindo os 737 Max, enquanto avaliamos como a situa��o, incluindo as potenciais limita��es de capacidade, ter� impacto em nosso sistema produtivo", afirmou Chaz Bickers, porta-voz da empresa.
Os fabricantes evitam parar e, em seguida, retomar a produ��o, pois isso perturba as cadeias de suprimento e pode causar problemas industriais. Mas manter avi�es armazenados aumenta gastos com estoque.
Cada m�s em solo poderia custar � Boeing cerca de US$ 1,8 bilh�o a 2,5 bilh�es em receita, segundo estimativas de analistas, embora isso possa ser recuperado assim que a proibi��o for suspensa.
A decis�o de suspender a entrega aconteceu um dia depois do presidente dos EUA, Donald Trump, suspender todos os voos do modelo no espa�o a�reo norte-americano, seguindo a decis�o de outros 50 pa�ses. No Brasil, a Gol havia antecipado a determina��o e suspendido os voos.
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