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Estado de Minas ECONOMIA

Promessa de energia barata anima ind�stria


postado em 16/03/2019 08:11

Anunciada pelo ministro da Economia, Paulo Guedes, como uma das medidas para retomar o crescimento do Pa�s, o "choque da energia barata" j� movimenta a ind�stria. Sob a lideran�a da Associa��o Brasileira de Grandes Consumidores (Abrace), empres�rios t�m levantado dados para a equipe econ�mica na esperan�a de acelerar as iniciativas para abrir o mercado de g�s e acabar com o monop�lio da Petrobras na �rea.

Mesmo sem um plano ainda estruturado, Guedes tornou o assunto p�blico, deixando claro que n�o vai aceitar propostas intervencionistas que criem ou ampliem subs�dios, como a famosa Medida Provis�ria 579, de 2012. Lan�ada pela ex-presidente Dilma Rousseff, ela reduziu a conta de luz em 20% em 2012, mas acabou resultando num reajuste de 50% em 2015. Em entrevista ao Estad�o/Broadcast, plataforma de not�cias em tempo real do Grupo Estado, o ministro afirmou que deseja promover um "choque liberal na energia", com o aumento da concorr�ncia e fomentando investimentos no setor. Seu foco, afirmou, � baratear em at� 50% o custo do g�s natural para "reindustrializar" o Pa�s.

O an�ncio de Guedes pegou alguns de seus auxiliares de surpresa, j� que o tema ainda n�o est� maduro dentro da equipe econ�mica. H�, por ora, iniciativas que j� vinham sendo tocadas pela Ag�ncia Nacional de Petr�leo (ANP), com regulamenta��es do setor, e pela Petrobras, com a venda de ativos.

A fala de Guedes, por�m, foi suficiente para animar o setor privado. Em carta assinada por 15 associa��es, o presidente da Abrace, Paulo Pedrosa, reconhece que medidas de interven��o e o uso de estruturas estatais para financiar o setor j� se esgotaram e se mostraram ineficientes. O grupo defende medidas que elevem a competi��o e a competitividade no setor, al�m do enfrentamento de quest�es como privil�gios e subs�dios que, na avalia��o dele, elevaram o insumo a um n�vel "insustent�vel". "N�o � uma redu��o de custos por m�gica, mas por m�rito", disse.

Segundo a Abrace, cada R$ 1 a menos no custo da energia representa um aumento da riqueza nacional de quase R$ 4 bilh�es em dez anos. "Pre�os competitivos de g�s e energia podem agregar 1% de crescimento anual ao PIB e gerar 12 milh�es de empregos no mesmo per�odo", diz o documento. A entidade destaca que, para a ind�stria, a energia aumentou tr�s vezes mais que a infla��o desde 2000. No caso do g�s, o aumento foi quase sete vezes superior � infla��o no per�odo.

Para Pedrosa, o ministro tem lideran�a para promover a moderniza��o do setor, com apoio de governadores e do setor privado. A carta � assinada por associa��es de ind�strias de alimentos, cloro, t�xtil, vidro, ferroligas, cer�mica, ve�culos, minera��o, a�o e de defesa do consumidor.

O presidente da Associa��o Brasileira do Alum�nio (Abal), Milton Rego, disse que o custo da energia � essencial para o setor. Segundo ele, o Brasil produziu no ano passado 700 mil toneladas de alum�nio, menos da metade dos 1,7 milh�o de 2008. "Temos de abrir o mercado. Casos como vimos em S�o Paulo, com reajuste da ordem de 30%, acontecem porque temos pouqu�ssimos players no mercado, e eles compram tudo de uma empresa s�: a Petrobras."

O presidente da Associa��o Brasileira da Ind�stria Qu�mica (Abiquim), Fernando Figueiredo, disse que o setor � o maior consumidor de g�s do Pa�s. "N�o queremos energia barata, mas, sim, energia competitiva. Somos totalmente contra mais subs�dios e interven��es", disse Figueiredo.

O diretor do Centro Brasileiro de Infraestrutura (CBIE), Adriano Pires, disse que a ideia do ministro � bem-vinda, mas tamb�m levanta preocupa��es. "S� vamos baixar o pre�o se houver aumento de oferta. N�o � com a caneta do ministro, do regulador ou do presidente. J� vivemos isso antes e sabemos quem paga a conta no final", disse, em refer�ncia � MP 579.

O presidente da Abeg�s, Augusto Salomon, disse esperar que o governo cumpra os contratos de concess�o com as distribuidoras at� o fim. Ele destacou que os pr�prios Estados t�m participa��o relevante nessas empresas.

O presidente da Petrobras, Roberto Castello Branco, reconheceu que o g�s � um custo importante para a ind�stria e que o tema est� sendo debatido com o governo. "Estamos trabalhando com os Minist�rios da Economia, de Minas e Energia e ANP para mudar esse ambiente, esse arcabou�o institucional, tanto no que diz respeito �s regula��es, �s leis e, principalmente � Constitui��o, para que esse potencial de riqueza do Brasil seja explorado", disse. As informa��es s�o do jornal O Estado de S. Paulo.


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