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Estado de Minas ECONOMIA

Mercado de trabalho prec�rio eleva n�mero de lares sem renda, diz Ipea


postado em 20/03/2019 10:45

A situa��o ainda prec�ria do mercado de trabalho, com manuten��o de uma taxa de desemprego elevada e persistente, principalmente entre os brasileiros menos escolarizados, fez aumentar o n�mero de lares no Pa�s sem renda alguma proveniente do trabalho ou com uma remunera��o muito baixa. A informa��o faz parte de um levantamento divulgado nesta quarta-feira, 20, pelo Instituto de Pesquisa Econ�mica Aplicada (Ipea).

O estudo do Ipea levou em considera��o dados da Pesquisa Nacional por Amostra de Domic�lios Cont�nua (Pnad Cont�nua), apurada pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estat�stica (IBGE).

No quarto trimestre de 2017, 21,5% dos domic�lios pesquisados pela Pnad Cont�nua n�o tinham nenhum morador desempenhando uma atividade remunerada no mercado de trabalho. Essa propor��o subiu para 22,2% no �ltimo trimestre de 2018. Antes da recess�o econ�mica, no quarto trimestre de 2013, 18,6% das resid�ncias n�o tinham moradores com ocupa��o remunerada.

Na faixa de domic�lios considerados de baixa renda, a propor��o de lares nessa situa��o subiu de 29,8% no quarto trimestre de 2017 para 30,1% no quarto trimestre de 2018. No per�odo pr�-crise, no �ltimo trimestre de 2013, havia ainda menos resid�ncias na faixa de renda mais baixa: 27,5%.

O Ipea ressaltou ainda que houve um aumento na desigualdade salarial, com ganhos maiores nos �ltimos dois anos para as fam�lias mais ricas do que para as fam�lias com renda m�dia e baixa.

Os dados desagregados de rendimentos, deflacionados pelo Indicador Ipea de Infla��o por Faixa de Renda, mostram que, no quarto trimestre de 2014, a renda m�dia domiciliar do trabalho nos lares mais ricos era 27,8 vezes maior que a m�dia recebida pelas fam�lias da faixa de renda muito baixa. No �ltimo trimestre de 2018, a renda m�dia domiciliar nos lares mais ricos foi 30,3 vezes maior que nos mais pobres.

"Nos �ltimos dois anos, foi a faixa de renda alta que apresentou os maiores aumentos da renda, o que evidencia o aumento da desigualdade", apontou o Ipea.

Como consequ�ncia, o �ndice de Gini - medida de desigualdade de renda - registrou eleva��o de forma acentuada desde 2016, especialmente se considerada a renda domiciliar do trabalho como refer�ncia. O �ndice de Gini mede a desigualdade numa escala de 0 a 1. Quanto mais perto de 1 o resultado, maior � a concentra��o de renda.

Segundo o Ipea, o �ndice de Gini da renda domiciliar do trabalho subiu de 0,514 no quarto trimestre de 2014 para 0,533 no mesmo trimestre de 2018. No caso da renda individual proveniente do trabalho, o �ndice subiu de 0,495 para 0,509 no mesmo per�odo.

"Os dados mais recentes mostram que, ap�s ensaiar uma recupera��o mais acentuada ao longo do primeiro semestre de 2018, o mercado de trabalho brasileiro voltou a apresentar um cen�rio de baixo dinamismo, caracterizado pela estabilidade da taxa de desemprego em patamar elevado e pela leve expans�o da ocupa��o e da renda. Estes resultados pouco satisfat�rios, entretanto, n�o chegam a surpreender, tendo em vista que s�o compat�veis com a lenta trajet�ria de retomada da economia brasileira", explicou o Grupo de Conjuntura do Ipea, no estudo sobre o mercado de trabalho.

O Ipea lembra que a gera��o de postos de trabalho medida pela Pnad Cont�nua perdeu f�lego no segundo semestre de 2018. Al�m disso, o aumento da ocupa��o aconteceu, basicamente, na informalidade. O Cadastro Geral de Emprego e Desemprego (Caged) tamb�m mostrou tend�ncia semelhante, com uma estabilidade do n�mero de contrata��es e um aumento das demiss�es.

"Adicionalmente, nota-se que quase um quarto dos empregos formais criados (de acordo com o Caged) foram baseados em contratos de trabalho parciais ou intermitentes. Ainda dentro deste contexto, os dados de desalento e subocupa��o ajudam a corroborar o atual estado ainda ruim do mercado de trabalho", ressaltou o estudo do Ipea.

O Ipea prev� a manuten��o da recupera��o gradual do emprego e da renda m�dia ao longo de 2019. "Apesar da expectativa de acelera��o da atividade econ�mica para o segundo semestre, devido � esperada aprova��o da reforma previdenci�ria, pouco alterada pelo Congresso, os efeitos sobre o mercado de trabalho s� devem surgir com mais intensidade no fim de 2019 e ao longo de 2020", estimou o instituto.


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