O deputado Rubens Bueno (PPS-PR) criticou nesta quinta-feira, 21, a inclus�o da reformula��o das carreiras dos militares junto com a proposta de reforma da Previd�ncia para a categoria. O deputado, que � integrante da Comiss�o de Constitui��o e Justi�a (CCJ) da C�mara, primeiro colegiado de tramita��o da reforma da previd�ncia, classificou a iniciativa como um "equ�voco" que deve dificultar a tramita��o do tema no Congresso.
Em nota divulgada nesta quarta, o parlamentar avalia que "a quest�o da carreira poderia vir em outro momento, em uma discuss�o separada e n�o junto com a reforma da Previd�ncia".
Segundo o deputado, a abertura de tratamento diferenciado dentro da reforma da Previd�ncia vai aumentar a press�o de categorias sobre os parlamentares e pode desfigurar o texto apresentado pelo governo.
"O lobby de determinadas categorias, como o Judici�rio, j� toma conta dos corredores do Congresso Nacional e tende a crescer", diz o parlamentar na nota.
Bueno reclamou ainda da falta de um di�logo mais estreito do governo com o Congresso, o que gera, segundo ele, dificuldades para a tramita��o da reforma da previd�ncia. "Ou a reforma � para todo mundo ou n�o � para ningu�m. Se ficarmos estabelecendo uma s�rie de regimes especiais, n�o chegaremos ao resultado pretendido. No caso dos militares, por exemplo, a mudan�a proposta, com a cria��o e amplia��o de gratifica��es incorporadas aos soldos, representar� uma economia pequena, de cerca de R$ 10 bilh�es em 10 anos. Entendemos que � uma categoria especial, mas a quest�o de reformula��o da carreira deveria ser tratada de forma separada e n�o junto com a reforma da Previd�ncia", refor�ou.
Na avalia��o do deputado, o fato de o presidente Jair Bolsonaro ser militar e ter em postos chaves de seu o governo um n�mero grande de integrantes das For�as Armadas acaba sendo um complicado. Bueno disse que fica a impress�o de que o presidente est� dando tratamento especial na reforma da Previd�ncia justamente para sua categoria.
O deputado se diz um defensor da reforma da Previd�ncia, mas, destaca que "uma reforma que tenha como principal foco o combate aos privil�gios e que n�o acabe criando outros por meio do estabelecimento de categorias especiais".
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