Desde que abriu o capital, em julho de 2017, a Omega Energia - empresa de gera��o de energia renov�vel - adquiriu no mercado quase R$ 5 bilh�es em ativos e se tornou uma das maiores companhias de gera��o renov�vel do Pa�s. Foram dois complexos e�licos e um parque de gera��o solar, que elevaram a capacidade instalada da empresa - cujo s�cio � a gestora de recursos Tarpon - em 140%, para 1.145 megawatts (MW).
Parte desse volume - cerca de 500 MW - ainda entrar� em opera��o e ter� reflexo positivo nas receitas nos pr�ximos meses. Em 2018, a receita l�quida da empresa cresceu 36% em rela��o ao ano anterior, para R$ 742 milh�es. O lucro l�quido teve alta de 66%, para R$ 502 milh�es, segundo balan�o divulgado nessa quinta-feira, 21.
Criada em 2008, a Omega abriu seu capital em julho de 2017, quando captou R$ 789 milh�es. Um ano antes a empresa j� havia tentado fazer seu IPO (oferta p�blica de a��es), mas o cen�rio turbulento, com impeachment da ent�o presidente Dilma Rousseff, atrapalhou os planos dos s�cios.
A tentativa, por�m, deu algumas pistas do que o mercado queria, afirma o analista do Santander, Thiago Roberto Luis da Silva. "Os road shows (apresenta��es) feitos mostraram que os investidores n�o queriam uma empresa que faz tudo, que vai a leil�o, que constr�i e opera." Foi a� que a Omega foi dividida em gera��o e desenvolvimento. A abertura de capital envolveu apenas a geradora, que hoje vale no mercado R$ 2,34 bilh�es - 86% acima do valor da �poca do IPO.
O presidente e fundador da Omega, Antonio Bastos Filho, conta que a abertura de capital era uma escolha para fazer a empresa crescer. "J� t�nhamos mapeado as op��es e ent�o decidimos fazer as capta��es." Ao separar o grupo em duas �reas, ele afirma que conseguiu ampliar a margem da empresa de gera��o e ter um dos melhores desempenhos do setor.
A Omega come�ou a ser desenhada em 2007, quando Bastos Filho voltou de uma temporada de estudos nos Estados Unidos. A ideia era criar um fundo para investir em energia renov�vel, mas decidiram montar uma geradora. Formado em administra��o de empresas pela Funda��o Get�lio Vargas, ele j� conhecia os s�cios da Tarpon (Jos� Carlos Reis de Magalh�es Neto, Pedro de Andrade Faria e Eduardo Mufarej) da �poca da faculdade e conseguiu convenc�-los da qualidade do projeto.
O primeiro empreendimento da empresa foi uma Pequena Central Hidrel�trica (PCH), de 20 MW, que entrou em opera��o em 2010. Nos anos seguintes vieram os parques e�licos e, mais recentemente, o complexo solar de Pirapora, em Minas Gerais. Para o futuro, Bastos Filho, de 40 anos, diz que o objetivo � integrar os ativos adquiridos desde a abertura de capital, fazer os ajustes necess�rios e garantir a performance dos empreendimentos para a empresa.
Apetite
As aquisi��es continuam no radar da empresa. "Hoje h� no mercado cerca de 18 mil MW que v�o mudar de m�os nos pr�ximos anos e, portanto, podem ser potenciais neg�cios para a Omega", diz Bastos Filho. Para ir �s compras, por�m, a empresa poder� ter de fazer emiss�es, afirma Silva, do Santander. Segundo ele, com as �ltimas compras, a Omega esgotou o volume captado. Mas o movimento poderia ser uma boa not�cia para a Omega, uma vez que daria maior liquidez para a companhia.
As informa��es s�o do jornal O Estado de S. Paulo.
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