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Estado de Minas ECONOMIA

Bancos criam credi�rio no cart�o


postado em 01/04/2019 07:39

Ao colocar o cart�o em uma maquininha, o consumidor vai se deparar com mais uma maneira de pagar as compras no cr�dito: o credi�rio. A modalidade, anunciada na �ltima semana pela associa��o de empresas do setor, vai permitir o alongamento de prazos de pagamento, que poder�o chegar a 36 meses, e deve facilitar a vida dos lojistas. No entanto, especialistas e associa��es de consumidores recomendam cautela no uso do produto e afirmam que ele pode gerar superendividamento se mal utilizado.
Ap�s optar pelo credi�rio, tr�s simula��es de financiamento v�o aparecer na tela da maquininha. Na sequ�ncia, ser�o apresentadas ao consumidor todas as informa��es da compra, como os juros cobrados e o valor total da transa��o.

As taxas v�o variar de 0,99% a 3,99% ao m�s, de acordo com o n�mero de parcelas e o perfil de cr�dito do consumidor. Os limites devem ser os mesmos do cart�o de quem faz a compra. O valor devido no credi�rio � subtra�do do limite e vai sendo liberado conforme as presta��es v�o sendo pagas.

A novidade do produto � que o �nus da opera��o deixa de ficar com o lojista. Quando uma transa��o � realizada no cr�dito � vista ou no "parcelado sem juros", o dono do estabelecimento recebe o valor em um prazo a partir de 30 dias. Caso queira antecipar o recebimento, paga taxa de desconto. Com a nova modalidade, o risco da opera��o passa a ser do banco emissor do cart�o. O lojista recebe em at� cinco dias �teis.

Isso, segundo Rodrigo Carneiro, diretor de produtos da Rede, cria dois cen�rios positivos. O pequeno estabelecimento que, pelas altas taxas, n�o conseguia oferecer alternativa de parcelamento mais longa ao consumidor, ganha uma op��o. E, como o lojista receber� em um prazo mais curto, permite que o comprador barganhe descontos.

Segundo o coordenador do laborat�rio de finan�as da Fecap, M�rcio Wu, a op��o � bem vinda por ser mais uma alternativa para o consumidor. No entanto, deve ser evitada, j� que o ideal � que o comprador se organize para pagar � vista. "Caso n�o seja poss�vel pagar � vista, o consumidor deve negociar um bom desconto na nova modalidade."

Marcelo Kopel, diretor do Ita� Unibanco, acredita que o produto vai permitir que o consumidor tenha acesso a bens de maior valor agregado com uma parcela mensal menor.
J� a planejadora financeira certificada pela Planejar, Angela Nunes, ressalta que o alongamento dos prazos em parcelas menores pode causar descontrole or�ament�rio. "Evite se endividar por compras que n�o s�o essenciais � sua vida", diz.

Rodrigo Alexandre, especialista em cr�dito da Proteste, associa��o de defesa do consumidor, afirma que o produto pode agravar o cen�rio de inadimpl�ncia no Pa�s, que possui cerca de 62 milh�es de negativados.

Segundo ele, ao optar pelo credi�rio, o consumidor j� paga os juros embutidos nas parcelas. Caso n�o consiga honrar alguma das presta��es, sua d�vida acaba indo para o rotativo do cart�o, aumentando os custos de maneira significativa. As informa��es s�o do jornal O Estado de S. Paulo.


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