Governo prev� super�vit de US$ 50,1 bilh�es na balan�a comercial em 2019

O governo prev� um super�vit de US$ 50,1 bilh�es na balan�a comercial neste ano. Se confirmado, esse ser� o terceiro melhor resultado na s�rie hist�rica. No ano passado, o saldo ficou positivo em US$ 58,7 bilh�es.

O secret�rio de Com�rcio Exterior do Minist�rio da Economia, Lucas Ferraz, explicou que as proje��es est�o relacionadas � expectativa de crescimento da economia e da produ��o comercial.

A pasta prev� exporta��es de US$ 245,9 bilh�es neste ano, alta de 2,9% ante 2018. J� as importa��es devem somar US$ 195,8 bilh�es, avan�o de 8,0% em rela��o ao ano passado. Ao todo, a corrente de com�rcio deve subir 4,9% na compara��o com 2018.

Ferraz afirmou nesta segunda-feira, 1, que o governo tem como foco elevar a corrente de com�rcio com os demais pa�ses do mundo e recha�ou a vis�o de que a eleva��o das importa��es � uma "vil�" para a economia - percep��o considerada obsoleta e atrasada pelo secret�rio.

"O atual governo tem uma vis�o mais moderna para com�rcio internacional, porque essa � uma das principais alavancas para crescimento da produtividade. N�o � o saldo comercial que nos interessa, mas sim a corrente de com�rcio", disse. Segundo ele, o saldo reflete condi��es macroecon�micas, enquanto o desempenho comercial � dado pela corrente.

O ministro da Economia, Paulo Guedes, j� citou diversas vezes a necessidade de maior abertura na economia brasileira, com menor protecionismo.

O secret�rio tamb�m fez uma an�lise sobre o cen�rio internacional e observou que a taxa de crescimento mundial vem desacelerando. "N�o foi s� quest�o da guerra comercial, China mudou seu padr�o de crescimento, ela, que era locomotiva mundial, agora est� fazendo transi��o para economia baseada em consumo. Mais recentemente, tivemos acontecimentos geopol�ticos de rediscuss�o do com�rcio internacional, recentes pol�ticas protecionistas implementadas pelo governo americano e fogo cruzado em rela��o � China", disse.

Para ele, a rediscuss�o do sistema de pactos multilaterais reverbera para todas as economias. Ele disse ainda que a guerra comercial acaba sendo positiva no curto prazo para alguns produtos (como a soja brasileira), mas no longo prazo "� ruim sempre".