Guedes: 'Se reforma for fraca, daqui 4 anos voc�s estar�o reunidos, eu n�o'

O ministro da Economia, Paulo Guedes, voltou a bater boca com deputados em rela��o � aposentadoria dos militares. Em audi�ncia na Comiss�o de Constitui��o e Justi�a (CCJ), Guedes disse que os deputados n�o deveriam perguntar a um ministro por que ele n�o cortou a aposentadoria dos militares. "Cortem voc�s, voc�s s�o o poder. Voc�s t�m medo de fazer isso?", questionou.

Guedes disse ainda que o presidente da Rep�blica, o Congresso Nacional e o Supremo Tribunal Federal (STF) s�o os atores principais da reforma e que ele tem um papel "pequenininho". "Se a reforma for forte, � poss�vel pensar em um futuro melhor para os filhos. Se for fraca, daqui a tr�s anos voc�s estar�o aqui de novo discutindo, eu n�o. Tr�s anos n�o, quatro, n�o vou falar tr�s porque sen�o os senhores falam que estou saindo do governo. Acabou o mandato n�o estarei aqui de novo", completou.

O ministro falou ainda que, se houver pontos inconstitucionais na proposta de reforma da Previd�ncia, caber� ao Congresso corrigir, assim como mudan�as na proposta em rela��o � aposentadoria rural e ao Benef�cio de Presta��o Continuada. "Se for a vontade do Congresso, deve ser feito, estamos preparados para o resultado", afirmou.

Questionado por deputados sobre falar a verdade, Guedes rebateu. "A verdade � relativa, nossa verdade � mostrar n�meros. N�o adianta fugir da verdade, temos um problema s�rio e distribu�mos a conta de forma desigual para n�o tirar dos pobres."

Depois do bate-boca, Guedes agradeceu e disse que gostaria que n�o ficasse "nada pessoal". Com mais de quatro horas de sess�o, Guedes pediu uma pausa para ir ao banheiro. A sess�o foi suspensa e Guedes foi cumprimentado pelo l�der da oposi��o, deputado Alessandro Molon (PSB-RJ), com quem havia discutido antes, e foi orientado por parlamentares da base antes da audi�ncia ser retomada, minutos depois.

'Baixem os �nimoS'

O presidente da CCJ da C�mara, Felipe Francischini (PSL-PR), voltou a pedir que os deputados "baixem os �nimos". "Vou exigir respeito de todos para que n�o haja bate-boca" afirmou. Francischini fez o apelo depois que deputados da base criticaram a oposi��o por atacar o ministro da Economia, Paulo Guedes.