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Estado de Minas ECONOMIA

Sider�rgicas pressionam MME ante impasse de oferta de min�rio ap�s caso Vale


postado em 05/04/2019 11:04

Em encontro com o ministro de Minas e Energia, Bento Albuquerque, no Rio de Janeiro, executivos das principais sider�rgicas do Pa�s reivindicaram na quinta-feira, 4, uma solu��o para o impasse envolvendo a oferta de min�rio e pelota para a ind�stria diante das restri��es da Vale. De acordo com o presidente executivo do Instituto A�o Brasil, Marco Polo de Mello Lopes, entre as demandas levadas ao ministro est�o a retomada das opera��es da Mina de Brucutu (em MG), al�m da contrata��o de uma empresa internacional isenta para atestar a estabilidade ou n�o das barragens, evitando assim as press�es de agentes p�blicos como o Minist�rio P�blico. O setor alerta sobre o risco de paralisa��o da ind�stria sider�rgica no Brasil.

Lopes ressaltou que a prioridade hoje � evitar novos rompimentos, desta forma o consenso � de retomar a opera��o de barragens com tecnologias diferentes da que se rompeu em Brumadinho. "Na nossa vis�o, as unidades a montante deveriam ter uma decis�o de descomissionamento at� 2021. J� as barragens em atividade deveriam ser descomissionadas at� 2023". J� h� um norte que j� foi dado", disse, em entrevista ao Broadcast, sistema de not�cias em tempo real do Grupo Estado.

A certifica��o de uma empresa internacional para avaliar as barragens foi apontada por Lopes como uma forma de evitar o que ele chamou de "canetada" de alguns �rg�os sobre a atua��o da Vale. "Por causa de toda a emo��o que foi criada com a trag�dia, ningu�m assume a responsabilidade de atestar nada. Fica todo mundo com receio. H� uma guerrilha do Minist�rio Publico, �rg�os ambientais, que at� por pr�prio desconhecimento acabam fechando barragens que n�o deveriam ser fechadas", disse. O encontro com o ministro reuniu o Conselho Diretor do Instituto A�o Brasil e contou com a presen�a de representantes da Usiminas, Gerdau e Arcelor, entre outras.

Al�m da demanda de uma fiscaliza��o externa, os executivos das sider�rgicas pleitearam a retomada das opera��es em Brucutu e do processo de pelotiza��o em Vargem Grande - sem a parte das barragens, por causa do modelo a montante. "Se isso n�o for resolvido, falta min�rio, falta pelotas. O setor n�o pode parar. Se voc� tiver o desabastecimento, seja de min�rio ou pelotas, a consequ�ncia � que voc� � obrigado a parar o forno. E se voc� abafar o forno, para a usina sider�rgica", disse.

A cadeia j� havia se reunido h� 20 dias com uma equipe do Minist�rio de Minas e Energia. No encontro de agora, desta vez tamb�m com o ministro, Lopes afirmou que Albuquerque se mostrou bastante solid�rio e determinou a cria��o de uma for�a tarefa com imediata incumb�ncia de definir prioridades e implementar a��es que corrijam tais pend�ncias. N�o foram definidos prazos, mas a estimativa � que o grupo volte a se reunir ainda na semana que vem.

Na semana passada, a Vale apresentou seus resultados do quarto trimestre de 2018 e proje��es para a produ��o em 2019 - cujo efeito negativo esperado decorrente de Brumadinho � de cerca de 92,8 milh�es de toneladas. O maior impacto, de 40 milh�es de toneladas por ano, ser� na Mina de Feij�o e nos complexos Vargem Grande e F�brica. Outros 30 milh�es de toneladas por ano de min�rio de ferro deixar�o de ser produzidas na mina de Brucutu. A produ��o de pelotas tamb�m foi prejudicada, segundo a Vale, em 11 milh�es de toneladas por ano, como resultado da paralisa��o das unidades de pelotiza��o de F�brica e Vargem Grande.

A Vale tem forte representatividade para o setor sider�rgico no Brasil. Segundo Lopes, 46% de todo o min�rio usado na produ��o de a�o nacional tem origem na Vale, contra 47% com origem na produ��o das pr�prias sider�rgicas e 7% de outras fontes. "Quando voc� vai para as pelotas, produto de maior valor agregado, a situa��o � mais complicada. Apenas 3% das pelotas usadas s�o de fabrica��o pr�pria das sider�rgicas e 90% vem da Vale", afirmou. "A decis�o de fechamento de v�rias barragens da Vale e a consequente paralisa��o do processo produtivo, seja no min�rio ou pelotas, tem ocasionado um grau de preocupa��o enorme para o setor".

Depois do rompimento da barragem em Brumadinho, a Vale tem sofrido uma s�rie de revezes na Justi�a que afetaram suas opera��es em unidades que n�o utilizam da tecnologia a montante e, segundo especialistas, n�o apresentam risco. No mercado, a maior incerteza envolvendo a empresa hoje � o futuro na Justi�a.


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