Rivais, Multiplan e brMalls s�o s�cias de empresa de entregas

N�o existe regra para satisfazer a nova jornada de compras do consumidor, que muitas vezes come�a numa rede social e termina na loja f�sica. Por isso, os modelos seguidos pelos shoppings s�o os mais variados. Na semana passada, por exemplo, a Multiplan desembolsou R$ 12 milh�es para comprar 18,79% de uma empresa de entregas, a Delivery Center.

A Multiplan seguiu o caminho da concorrente, a brMalls, dona de 39 shoppings. Em maio de 2018, a brMalls tamb�m ficou s�cia da Delivery Center. A empresa desenvolveu um sistema de integra��o de marketplaces, como s�o chamadas v�rias lojas num mesmo ambiente online, que permite usar os shoppings como centros de distribui��o.

"Essa � uma solu��o muito boa para ajudar na integra��o do varejo f�sico com o online", diz Daniel Peres, gerente de Inova��o Digital da Multiplan. A opera��o j� funciona no BarraShopping e h� um cronograma de instala��o nos outros 17 shoppings. Ele diz que "em breve" todos os shoppings da rede ter�o marketplace.

Vicente Avelar, diretor da brMalls, afirma que o modelo de integra��o do varejo f�sico com o virtual que transforma shoppings em minicentros de distribui��o, agora tamb�m seguido pela Multiplan, comporta v�rios empreendedores porque precisa de escala para ser um neg�cio rent�vel e diluir custos. "Essa estrat�gia de plataforma aberta (com empreendimentos de v�rios grupos participando) � vencedora se tiver efeito de rede", diz.

Tr�s anos atr�s, a brMalls fez seu primeiro projeto de e-commerce no Shopping Metr� Santa Cruz, em S�o Paulo. Hoje, seis shoppings do grupo t�m marketplace. At� o fim deste ano, a empresa quer ter a mesma opera��o em 20 shoppings.

A intera��o entre o varejo f�sico e digital � mais recente nos shoppings voltados para os consumidores de maior renda. Desde setembro o Shopping Cidade Jardim, do Grupo JHSF, tem um marketplace, no qual o consumidor pode comprar pela internet e pegar o produto no shopping ou receber a compra em casa em at� duas horas. Thiago Alonso de Oliveira, CEO do JHSF, explica que o shopping virtual aumentou o giro das vendas e tem ajudado a reduzir o custo de ocupa��o para os lojistas. O grupo tamb�m estuda um shopping virtual para Catarina, um shopping de descontos (outlet), mas o modelo est� em fase de teste.

Brasil
Apesar de ter sido inspirado no modelo americano, os shoppings brasileiros t�m muito mais chance de se reinventar por conta do avan�o do com�rcio online, avaliam analistas especializados em varejo. As contr�rio do Estados Unidos, onde os shoppings normalmente ficam distantes dos grandes centros, no Brasil boa parte dos empreendimentos est�o localizados em pontos de grande fluxo de pessoas. Isso facilita a repagina��o dos shoppings.

"O shopping visto como templo do consumo � uma vis�o antiga e limitada. Ele pode ser muito mais", diz Luiz Alberto Marinho, s�cio-diretor da consultoria GS&Malls.;

Para Eduardo Terra, presidente da Sociedade Brasileira de Varejo e Consumo, o avan�o do com�rcio online n�o pode ser visto como amea�a, mas oportunidade para o shopping assumir novas fun��es.

As informa��es s�o do jornal O Estado de S. Paulo.