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Estado de Minas ECONOMIA

Ap�s 2013, Constru��o Civil perdeu quase 3 milh�es de empregos, revela Fiesp


postado em 10/04/2019 10:38

Intensiva em m�o de obra, a cadeia produtiva da Constru��o Civil viu seu estoque de empregos se reduzir em 21,6% a partir da crise financeira que assolou o Brasil. Entre 2013 e o terceiro trimestre do ano passado, houve encerramento de quase 3 milh�es de postos de trabalho no setor de Constru��o.

O movimento foi constatado em pesquisa da Federa��o das Ind�strias do Estado de S�o Paulo (Fiesp), obtida pelo Broadcast, sistema de not�cias em tempo real do Grupo Estado, a partir da dados do Instituto Brasileiro de Geografia e Estat�stica (IBGE) e do Minist�rio do Trabalho.

"Esse resultado � explicado pelo corte de financiamentos habitacionais e de despesas p�blicas nas �reas de desenvolvimento urbano e de infraestrutura econ�mica", explica o diretor-titular do Departamento da Ind�stria da Constru��o da Fiesp, Carlos Auricchio. O estudo cita como fatores relevantes o estrangulamento do cr�dito nas �reas de habita��o, saneamento e mobilidade, assim como paralisia dos investimentos em transportes, energia e telecomunica��es.

A retra��o acumulada de 21,6% entre 2013 e o ano passado reverteu, parcialmente, a expans�o do emprego no setor registrada entre os anos de 2007 e 2013, quando acumulou 37,5% de crescimento e atingiu o pico de 12,855 milh�es de profissionais. Este per�odo correspondeu ao momento de maior expans�o da economia brasileira no passado recente, com a maior varia��o tendo ocorrido em 2010, com um PIB de 7,5%.

Entre os segmentos da cadeia da Constru��o, o que mais sofreu retra��o no quadro de funcion�rios a partir de 2013 foi o industrial, com queda acumulada de quase 30%, relata a Fiesp. J� o de constru��o encerrou quase 23% dos postos de trabalho, enquanto o emprego em servi�os associados � constru��o perdeu 18,7% e com�rcio de materiais de constru��o cedeu 9,1%.

Durante o per�odo de expans�o, por outro lado, as maiores altas foram registradas nos servi�os, com 6,4%, e com�rcio, com 6,3%. Nas atividades industriais, houve alta de 5,5% e na constru��o, de 5,2%.

J� no resultado fechado do levantamento, considerando o per�odo de 2007 ao terceiro trimestre de 2018 como um todo, foi verificada expans�o de 7,79% do estoque de empregos, passando de 9,345 milh�es para 10,073 milh�es. Dentre os segmentos, a maior expans�o ocorreu na �rea comercial, com alta de 30,82%, enquanto a ocupa��o no ramo industrial sofreu recuo de 3,34%. Em Servi�os, foi constatada expans�o de 18,0%, enquanto o emprego na Constru��o cresceu 4,23% no per�odo.

Qualifica��o e Produtividade

Se a expans�o do emprego ao longo de quase onze anos n�o ultrapassou a marca de um d�gito em termos porcentuais, a Fiesp constatou, por outro lado, uma consider�vel melhora na qualifica��o dos profissionais no setor da Constru��o. Do total de profissionais no setor em 2007, apenas 30% tinham completado a forma��o no Ensino M�dio. J� no terceiro trimestre de 2018, esta parcela correspondia a 43,2%.

"Em termos absolutos, foram encerrados quase 890 mil postos de trabalho nessas faixas de menor qualifica��o", destaca o levantamento. O maior salto entre os perfis de qualifica��o foi verificado entre os profissionais com ensino superior, completo ou incompleto, cuja fatia passou de 5,4% no in�cio da pesquisa para 15,9% at� o terceiro trimestre do ano passado.

O pr�prio diretor da Fiesp, Carlos Auricchio, entretanto, faz uma ressalva sobre a melhora da qualifica��o entre os profissionais da Constru��o. "O que ocorreu com a qualifica��o da m�o de obra foi resultado de dois movimentos. O primeiro foi exatamente a demiss�o de profissionais menos qualificados, cujo custo do desligamento � menor, num momento de crise aguda, mas que n�o se imaginava que fosse t�o extensa", explicou ao Broadcast.

Ao mesmo tempo, Auricchio atribuiu parte da melhora da qualifica��o a uma "tend�ncia estrutural do Brasil". "Os jovens est�o saindo para o mercado de trabalho mais maduros e com maior n�vel de escolaridade. Isso reflete a universaliza��o das vagas para os ensinos fundamental e m�dio, os avan�os da educa��o t�cnica e o aumento expressivo de vagas no ensino superior", destacou.

Sobre o avan�o no porcentual de profissionais com ensino superior, o diretor da Fiesp apontou para um crescimento da oferta e da demanda por cursos superiores na �rea de engenharia, tanto nas universidades p�blicas quanto privadas. "A demanda por esses cursos cresceu muito no in�cio dos anos 2010, porque os sal�rios de engenheiros tamb�m cresceram de forma expressiva", disse. "Al�m da maior oferta de vagas, os jovens de fam�lias de menor renda encontraram nessa �poca programas p�blicos de financiamento (Fies e Prouni) que possibilitaram o avan�o na educa��o", completou.

J� a produtividade dos trabalhadores n�o escapou dos efeitos da crise. De 2007 a 2014, destaca a Fiesp, a produtividade da m�o de obra na cadeia cresceu 1,7% ao ano, em ritmo e n�vel condizente com os ganhos de escala e avan�os tecnol�gicos no per�odo. "De 2014 em diante, contudo, houve perdas m�dias de produtividade de 3% ao ano, fazendo com que a produtividade da m�o de obra registrasse em 2016 o pior n�vel em onze anos de an�lise", destaca o Departamento da Ind�stria da Constru��o da Fiesp.


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