A maior agressividade da GetNet, do Santander Brasil, no mercado de microempreendedores individuais (MEIs) e pessoas f�sicas deve adicionar um novo cap�tulo � j� disputada guerra das maquininhas. Outros adquirentes (as companhias que fazem as transa��es financeiras), tamb�m se movimentam e devem anunciar em breve novos posicionamentos, de acordo com fontes ouvidas pelo Estad�o/Broadcast. As ofertas devem ser ainda mais atraentes a esse p�blico.
Terceira maior empresa da �rea, a GetNet anunciou, no fim de semana, o corte nas taxas das transa��es nas modalidades de d�bito e cr�dito � vista para 2%. O prazo de pagamento, que tradicionalmente � de 30 dias, ficou em apenas dois.
De acordo com Pedro Coutinho, presidente da empresa, a iniciativa � a devolu��o aos clientes de investimentos em tecnologia e ganhos de efici�ncia. "Identificamos uma oportunidade de redu��o de taxas e prazo e exercemos nosso papel junto aos clientes", diz ele.
A SafraPay, do banco Safra, j� havia empacotado uma oferta agressiva, em busca de profissionais que faturam at� R$ 1 milh�o por ano. Para aqueles que vendem de R$ 3 mil a R$ 7 mil por m�s, por exemplo, nenhuma cobran�a � feita e a m�quina sai de gra�a. A empresa ainda oferece cem dias de taxa zero.
Com o "ataque" aos MEIs e pessoas f�sicas, as taxas cobradas por credenciadores neste segmento tendem a ir ladeira abaixo. Em geral, o mercado cobra de 1,9% a 2,1% no d�bito e de 3,5% a 4,5% no cr�dito.
No parcelado, por�m, em algumas simula��es, as taxas da GetNet perdem para as da concorr�ncia. Coutinho diz, contudo, que o foco da a��o da adquirente s�o d�bito e cr�dito � vista. Ele n�o abre as metas em torno da iniciativa, mas admite que � parte da estrat�gia � elevar a participa��o de mercado, hoje em torno de 14%.
Oferta
Para o especialista do Sebrae, Adalberto Luiz, � um jogo de escala. "O segmento demonstrou apetite pela compra em vez do aluguel das maquininhas e a tend�ncia � de queda nas taxas, pela maior oferta", diz.
Com 4,1 milh�o de clientes ativos, a PagSeguro informou, por meio de sua assessoria, que os microempreendedores tomam a decis�o n�o somente considerando taxas ou o pre�o da maquininha, mas os servi�os oferecidos. Coutinho diz, por�m, que a depender do volume movimentado, � poss�vel economizar R$ 1 mil, sem considerar o valor de aquisi��o do terminal.
A ofensiva de grandes adquirentes junto aos pequenos empreendedores tamb�m pode impactar competidores pequenos que operam, sobretudo, com antecipa��o de receb�veis.
A disputa tende a contribuir para baixar o prazo de pagamento aos lojistas, pleito antigo do setor de cart�es. "Os movimentos s�o reflexo de um grande crescimento da concorr�ncia nos �ltimos anos", diz Ricardo Vieira, diretor executivo da Associa��o Brasileira das Empresas de Cart�es de Cr�dito e Servi�os (Abecs).
O novo credi�rio, lan�ado recentemente e que realiza pagamento em cinco dias, conforme ele, tamb�m ajuda na dire��o de reduzir o prazo que os lojistas esperam para receber as transa��es. Procuradas, Cielo, Rede, SafraPay e Stone preferiram n�o se manifestar.
As informa��es s�o do jornal O Estado de S. Paulo.
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ECONOMIA
Ataque da GetNet acirra disputa das maquinhas por empreendedor
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