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Estado de Minas ECONOMIA

Investidor tem at� o dia 29 para fazer reserva de fundo de Tesouro Direto


postado em 15/04/2019 07:41

De patinho feio dos investimentos no Brasil, os ETFs (Exchange Traded Funds, no termo em ingl�s) ganham agora uma forcinha do governo, empurr�o esperado j� h� algum tempo pelo mercado. O Tesouro Nacional abriu neste m�s a oferta p�blica de seu primeiro fundo de renda fixa. O ETF do Tesouro Direto vai replicar uma cesta de �ndices com t�tulos p�blicos referenciados em infla��o (t�tulos NTN-Bs, p�s-fixados indexados ao IPCA), com a expectativa de levantar at� R$ 2 bilh�es por parte dos investidores.

Os interessados ter�o at� o pr�ximo dia 29, �ltima segunda-feira de abril, para fazer a reserva de suas cotas. O fundo come�a ser negociado na B3 no dia 21 de maio e, segundo o Tesouro, at� 70% das cotas ser�o destinadas para os investidores de varejo, podendo ser comprados pelas corretoras. O investimento m�nimo � de R$ 100 e a liquidez � di�ria, com saques dispon�veis na conta um dia depois de solicitado.

O ETF nada mais � do que um fundo de investimento que espelha o desempenho de �ndices. Eles s�o negociados pelas bolsas de valores, como se fossem pap�is de uma empresa. O maior ETF em comercializa��o no Brasil � o Bova11, da gestora BlackRock. Ele � primeiro ETF brasileiro e, negociado pela B3, replica a cesta do Ibovespa, com um patrim�nio l�quido de R$ 6,486 bilh�es.

O banco Ita�-Unibanco foi a institui��o escolhida para a gest�o do ETF do Tesouro Direto. Atualmente, existem no Brasil 16 fundos ETFs, sendo que apenas um era de renda fixa. Foi lan�ado em setembro do ano passado pelo grupo sul-coreano Mirae. Nesse per�odo, o fundo captou dos investidores R$ 130 milh�es e acumula um retorno de 11,6% ao ano - ou 400% do CDI. A aplica��o m�nima tamb�m � de R$ 100.

Segundo o diretor da Mirae Asset, Pablo Spyer, o fundo alcan�a esse resultado "turbinado" por calcular o desempenho de uma carteira te�rica, formada por contratos de juros futuros de tr�s anos. "Esse � um mercado interessant�ssimo para o investidor hoje. E enquanto os juros estiverem com vi�s de queda, os ganhos s�o maiores."

Sem IOF

O ETF tamb�m tem vantagens tribut�rias. Ele n�o tem a incid�ncia do Imposto sobre Opera��es Financeiras (IOF), como no CDB e nas demais aplica��es tradicionais de renda fixa. "Os ETFs tamb�m n�o t�m 'come-cotas', que abocanha a menor al�quota de Imposto de Renda de cada tipo de fundo", diz Spyer. Na entrada, o IR sobre ETF � de 15%, em cobran�a �nica.

Carteira da Anbima

O fundo do Tesouro recebeu o nome de "It Now ID ETF IMA-B Fundo de �ndice", mas que vem sendo chamado de "ID ETF". A carteira vai refletir o IMA-B, �ndice da Anbima, associa��o de empresas do setor, que acompanha t�tulos p�blicos referenciados em infla��o, como as NTN-Bs (t�tulo p�s-fixado indexado ao IPCA). O IMA-B tem hoje 14 t�tulos, com vencimentos de curto prazo (maio de 2019), m�dio prazo (maio de 2021) e vencimento longo (maio de 2055). Com isso, apesar do nome de renda fixa, ele poder� ter maior instabilidade dos que os demais investimentos do tipo, oscilando para cima ou para baixo a depender da agita��o do mercado.

A taxa de administra��o do fundo ser� de 0,25% ao ano, menor que a dos fundos de investimento tradicionais de varejo, com taxas na casa de 1% ou acima. A carteira foi desenvolvida em parceria com o Banco Mundial e um dos objetivos � estimular o mercado de capitais no Brasil. O primeiro passo dos interessados em aplicar em ETF � abrir conta em uma corretora, como se faz com a��es.

Para a planejadora financeira e professora de economia da ESPM Paula Sauer, o novo ETF � uma boa op��o para resgatar clientes da caderneta de poupan�a. "Com o fato de estar atrelado � infla��o, o investidor busca, al�m da rentabilidade, a manuten��o do poder de compra", diz.

O ponto de aten��o � que o ETF n�o paralisa a opera��o em per�odos de dificuldade do mercado. Isso pode fazer com que o investidor tenha perdas com a oscila��o. "As pessoas n�o s�o educadas financeiramente para saber que o pre�o de um produto de renda fixa varia ao longo do tempo, podendo inclusive gerar rendimentos negativos", afirma. As informa��es s�o do jornal O Estado de S. Paulo.


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