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Estado de Minas ECONOMIA

Ind�stria brasileira deve sofrer impacto com freada argentina


postado em 18/04/2019 07:08

O pacote anunciado nessa quarta-feira, 17, pelo presidente argentino, Mauricio Macri, para tentar amenizar a crise n�o ser� suficiente para reverter a trajet�ria de queda da economia - nem reduzir os impactos que a recess�o no pa�s vizinho tem causado no Brasil. O Instituto Brasileiro de Economia (Ibre), da FGV, projeta uma recess�o de 2,2% na Argentina em 2019 e nessa quarta revia para baixo a estimativa de crescimento da ind�stria brasileira por causa da queda esperada nas exporta��es para o pa�s. O novo n�mero ser� divulgado apenas na pr�xima semana, mas ser� inferior ao 1,9% que havia sido calculado em mar�o.

"No fim de 2018, esper�vamos uma melhora na Argentina no segundo semestre deste ano. Essa expectativa n�o se configura mais. A not�cia de hoje (quarta-feira), de se mexer nos pre�os dos produtos, � p�ssima, � um sinal de que as coisas sa�ram do controle", disse Luana Miranda, economista do Ibre. "Estamos finalizando a nova proje��o da ind�stria, muito em parte por causa do efeito argentino", acrescentou.

Em recess�o, a Argentina deve reduzir ainda mais as compras de produtos brasileiros, principalmente de itens industrializados. Luana destaca que, entre janeiro e abril de 2018, os embarques do Brasil para o pa�s cresceram quase 8% na compara��o com o mesmo per�odo do ano anterior. Ap�s a chegada da crise - entre maio e dezembro -, eles despencaram 30%. No acumulado de 2019, o recuo chega a 48%.

Al�m de prejudicar as exporta��es e a ind�stria brasileira, situa��o argentina serve de alerta para o Pa�s, diz o economista-chefe do Goldman Sachs para a Am�rica Latina, Alberto Ramos. "O excesso de gradualismo � uma estrat�gia de risco alto, que depois pode criar a necessidade de um ajuste econ�mico e social mais forte", afirma, em refer�ncia a pol�tica de Macri de fazer um ajuste fiscal lentamente. O gradualismo � apontado por economistas como um dos respons�veis pela crise argentina.

Ramos destaca ainda que, no Brasil, se fala da necessidade de se fazer um ajuste desde o fim do primeiro mandato de Dilma Rousseff. At� agora, por�m, muito pouco foi feito. "Estamos incubando vulnerabilidade." O economista compara o cen�rio argentino atual com o do Brasil do fim de 2014, quando Joaquim Levy assumiu o minist�rio da Fazenda e as expectativas estavam desancoradas, o c�mbio desvalorizado e a infla��o subia apesar dos altas na taxa de juros b�sica, a Selic, impostas pelo Banco Central. "A situa��o argentina � muito parecida, mas num patamar muito maior."

Janela de oportunidade
Para o economista Fabio Giambiagi, a crise no pa�s vizinho mostra a "import�ncia de n�o se perder uma janela de oportunidade" para fazer um ajuste. Na Argentina, diz ele, havia esse espa�o no come�o do governo Macri, quando o mercado estava de lua de mel com o presidente.

Giambiagi destaca, no entanto, que, apesar de tamb�m ter a necessidade de passar por um ajuste fiscal, o Brasil est� em uma situa��o melhor que a da Argentina, pois n�o h� descontrole de pre�os nem d�ficit de conta corrente.

As informa��es s�o do jornal O Estado de S. Paulo.


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