Um "malabarismo log�stico" tem garantido o fornecimento de pelotas para as usinas sider�rgicas brasileiras que originalmente eram atendidas pela opera��es da Vale interrompidas ap�s o rompimento da barragem em Brumadinho (MG), comentou o presidente executivo do Instituto A�o Brasil (IABr), Marco Polo de Mello Lopes. De acordo com ele, algumas usinas s� n�o tiveram de desligar alto-fornos porque, com o apoio da pr�pria Vale, alternativas de fornecimento foram buscadas a quil�metros de dist�ncia.
Ele citou que tamb�m colaborou para que a situa��o se mantivesse sob controle o fato de que duas usinas j� t�m operado em ritmo mais lento porque se preparam para desligar alto-fornos para manuten��o - a Gerdau e a CSN. "Se os alto-fornos estivessem a plena opera��o, haveria uma crise de grav�ssimas propor��es", disse, sugerindo a possibilidade de falta de abastecimento � cadeia produtiva.
Pela log�stica montada, a Usiminas, por exemplo, passou a receber min�rio de Corumb�, em Mato Grosso, com desembarque pelo Porto A�u, enquanto Ternium passou a receber min�rio do Maranh�o, via Cabotagem. J� Pec�m, acrescentou, tem importado o insumo da �frica do Sul.
Marco Polo salientou que embora esteja funcionando, essa log�stica n�o pode ser mantida por muito tempo e ainda encarece a produ��o de US$ 20 a US$ 30 por tonelada. "� fundamental botar para funcionar Vargem Grande", disse, referindo-se ao sistema da Vale respons�vel pela produ��o de pelotas. Ele lembrou que a mina de Brucutu, a maior das minas que abastece o sistema, j� foi liberada para voltar a operar, mas revelou temor de que uma nova decis�o judicial possa interromper novamente a opera��o. "Vargem grande tem de voltar a operar, ainda que com min�rio de terceiros, de forma a ser normalizada", acrescentou.
Ele citou que tem havido um empenho para se resolver a quest�o do fornecimento de min�rio e pelotas sinalizou que avan�os devem ocorrer num prazo de 15 a 20 dias. De acordo com Marco Polo, a Vale deve contratar nos pr�ximos dias uma certificadora americana que possa atestar, ou n�o, a estabilidade das barragem. "A certificadora vai tirar a emocionalidade. Hoje no Pa�s, ningu�m assina nada, se n�o tiver o externo, prolonga a situa��o", comentou.
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