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Estado de Minas ECONOMIA

Atacada, Cielo diz que n�o vai virar uma nova Kodak


postado em 09/05/2019 07:06

Enquanto a temperatura da guerra das maquininhas s� cresce, a Cielo decidiu sair pela tangente. De um lado, capitaneia a bandeira de transpar�ncia ao defender a cria��o de um �ndice de custo efeito total (CET). Do outro, se movimenta com olhar para o futuro. Atacada de todos os lados, a l�der do mercado caminha, conforme Paulo Caffarelli, presidente da companhia, para ser "menos maquininhas e mais tecnologia".

"N�o tem empresa que est� mais bem posicionada que a Cielo", disse Caffarelli ao Estad�o/Broadcast. Alguns analistas parecem concordar. Ontem o HSBC afirmou, em relat�rio, que, apesar de a perspectiva de curto prazo ser "sombria", a estrat�gia de focar na lideran�a, sacrificando a rentabilidade, � correta. Com isso, as a��es da Cielo subiram quase 3,5%.

Leia, a seguir, a entrevista:

Qual o objetivo do custo efetivo total para as maquininhas?
Venho do sistema banc�rio e, em 2007, aconteceu a mesma coisa. O consumidor tinha d�vida (sobre quanto pagava). Naquele momento, fomos obrigados a divulgar o conte�do de uma opera��o de cr�dito. Com a maior competitividade no setor de maquininhas, fica muito dif�cil para o lojista saber o quanto est� pagando. O pre�o tem de ser muito claro, por meio de autorregula��o.

Ter grandes bancos faturando com a emiss�o de cart�es n�o compromete essa bandeira?
N�o. O advento do CET, al�m de deixar mais clara a precifica��o, estimula a concorr�ncia.

Mas o cliente est� preocupado com transpar�ncia ou quer as empresas se digladiando?
O cliente quer bom atendimento, dificuldades sanadas e, de prefer�ncia, receber o mais r�pido poss�vel. Se ele puder pagar menos, melhor. O lan�amento do custo efetivo total � exatamente isso. Queremos participar de uma competi��o, mas que seja saud�vel.

Qual a posi��o da Cielo na guerra das maquininhas?
At� pouco tempo atr�s, a Cielo perdia mercado de forma acentuada porque priorizava rentabilidade. Mudamos a estrat�gia. Estamos em uma guerra sem volta. Se queremos continuar como l�deres, precisamos entrar de forma competitiva.

Mesmo comprometendo a rentabilidade?
N�o temos escolha. Teremos de deixar um pouco de lado a rentabilidade para ganhar volume. A escala nos dar� resultado. A Cielo de R$ 4 bilh�es n�o existe mais, ao menos por ora. A concorr�ncia � maior e rentabilidade tende a se reduzir.

Mas como fica o investidor?
Conversamos todo dia com nossos investidores, que acreditam no modelo. Eles est�o vendo que h� competi��o e a companhia precisa se posicionar de forma a continuar no jogo e manter sua participa��o.

A press�o tecnol�gica n�o � uma amea�a maior do que a guerra de pre�os?
Ao mesmo tempo em que h� maior concorr�ncia, temos de pensar como ser� o mercado daqui a cinco, dez anos. No futuro, n�o h� posicionamento espec�fico para todos.

Mas quando, do Magazine Luiza ao Facebook, todos trabalham para se tornar carteiras digitais, n�o h� uma amea�a � Cielo?
No que diz respeito �s transa��es de cr�dito, sempre ser� necess�ria a captura, o processamento e a liquida��o. No cr�dito, as maquininhas continuar�o relevante. No d�bito, poder�o ser uma das fontes de demanda de servi�os.

Ent�o, a Cielo n�o corre o risco de ser uma nova Kodak?
Muito longe disso. Estamos vendo o que est� acontecendo no mundo e nos preparando para o novo momento. N�o tem empresa mais bem posicionada que a Cielo. Estamos presentes em 100% dos munic�pios. Temos escala e estamos trabalhando nisso. Investimos na linha de frente o resultado j� vem aparecendo. At� julho, esperamos 2 mil novos credenciamentos por dia.

As informa��es s�o do jornal O Estado de S. Paulo.


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