Alta de rem�dios no IPCA � a maior para abril desde 2016, diz IBGE

A alta dos pre�os de rem�dios no �ndice Nacional de Pre�os ao Consumidor Amplo (IPCA) de abril, de 2,25%, foi a maior para meses de abril desde 2016, quando o avan�o foi de 6,26%. Os medicamentos foram destaque de alta na infla��o de abril, embora o IPCA de abril tenha ficado em 0,57%, abaixo do avan�o de 0,75% em mar�o, informou nesta sexta-feira, 10, o Instituto Brasileiro de Geografia e Estat�stica (IBGE).

A infla��o dos medicamentos refletiu o reajuste anual autorizado pelo governo federal, em vigor desde 31 de mar�o, com teto de 4,33%. Segundo Fernando Gon�alves, da Ger�ncia de Sistema Nacional de �ndices de Pre�os (SNIPC) do IBGE, � poss�vel que o reajuste continue tendo efeitos na infla��o de maio, pois as farm�cias podem "espa�ar" as remarca��es de pre�os em fun��o da concorr�ncia.

"Pode ser que o comerciante, para atrair o p�blico, espace mais os reajustes", disse Gon�alves.

Os pre�os monitorados foram destaque no IPCA de abril, com alta de 1,03%, ante 0,75% na leitura de mar�o. Al�m dos rem�dios, a gasolina, com alta de 2,66%, foi o maior impacto individual no IPCA de abril, como j� havia ocorrido em mar�o.

Segundo Gon�alves, os pre�os monitorados continuar�o a pressionar a infla��o de maio. Est�o no radar o reajuste de 3,43% no g�s de botij�o, em vigor desde 1� de maio (o g�s de botij�o tem peso de 1,32% no IPCA) e o reajuste de 4,72% na tarifa de �gua e esgoto na Regi�o Metropolitana de S�o Paulo.

Esse item pesa 1,47% na composi��o do IPCA da Regi�o Metropolitana de S�o Paulo, que, por sua vez, responde por 30,67% na composi��o do IPCA nacional.

Al�m disso, a conta de luz ter� bandeira amarela em maio. Segundo Gon�alves, esse efeito ser� o principal na tarifa de energia el�trica, mas se somar� a reajustes concedidos em Recife, Fortaleza e Aracaju, principalmente.