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Estado de Minas ECONOMIA

Tesouro Direto pagar� R$ 9 bilh�es no maior vencimento de t�tulos da hist�ria


postado em 13/05/2019 07:56

O bolso de 122 mil investidores do Tesouro Direto estar� mais cheio a partir da pr�xima quarta-feira, 15. � quando o governo pagar� R$ 88 bilh�es em t�tulos federais, sendo R$ 9 bilh�es apenas para as pessoas f�sicas. Esse ser� o maior vencimento da hist�ria do Tesouro, que abriu o mercado de d�vida p�blica para o aplicador comum h� 17 anos.

Os t�tulos com vencimento programado para o investidor foram emitidos em janeiro de 2013 e estiveram � venda no site do Tesouro at� fevereiro de 2017. Quem comprou os pap�is em seu lan�amento e permanecer� com eles at� o fim ter� a recomposi��o do que foi perdido com a infla��o, acrescido de juros de 8,03% ao ano.

Nas contas do pr�prio Tesouro, cerca de 70% dos R$ 9 bilh�es que ser�o pagos pelo governo v�o apenas "quicar" na conta do poupador para cair de volta em uma nova aplica��o, que na opini�o dos especialistas permanecer�o em sua maior parte dentro da renda fixa - modalidade tida como porto seguro, mesmo com a taxa b�sica de juros, a Selic, a 6,50% ao ano, seu menor patamar.

Por tr�s dessa proje��o de reinvestimento pesam dois fatores: o hist�rico dos vencimentos do passado, com alta taxa de retorno dos recursos para dentro do mercado financeiro, e o trabalho fren�tico feito pelos bancos e corretoras de investimento nas �ltimas semanas. Eles v�m trabalhando h� dias para tentar convencer os clientes a n�o sacarem os recursos, em uma disputa travada nas mesas de opera��es e pelos gerentes de relacionamento.

Corpo a corpo

No Bradesco, h� dois meses o time de vendas recebeu ordens da diretoria executiva para intensificar os contatos com os poupadores listados para receber os recursos do Tesouro. A estrat�gia � destacar todos os gerentes e especialistas em investimentos para uma "venda" corpo a corpo, que inclui desde contatos pessoais, liga��es telef�nicas, mensagens de texto por celular at� lembretes via WhatsApp.

"Tem sido nosso principal foco no setor, lutar por cada centavo, tanto entre os investidores institucionais quanto pessoas f�sicas", afirma o diretor executivo do Bradesco, Leandro Miranda, que tem detalhado o perfil de todos os 122 mil investidores com conta no banco. "Sabemos como eles aplicam e como gostariam de aplicar", diz.

De uma forma geral, o Bradesco tem aproveitado esse vencimento para apresentar ao cliente os produtos considerados mais "sofisticados" dentro do portf�lio da institui��o: de novos produtos de renda fixa at� os fundos geridos pelo pr�prio banco. "Nem todo mundo que tem t�tulos, posi��es de renda fixa, tem um perfil conservador. Estamos tentando descobrir o perfil do cliente, se tem familiaridade para assumir um pouco mais de risco", conta.

J� o Banco do Brasil resolveu adiantar o lan�amento de dois fundos espelho - que investem em cotas de fundos de terceiros - de multimercado, para oferecer aos investidores que receber�o os recursos do Tesouro na conta. "Esses fundos j� estavam programados, mas decidimos antecipar o lan�amento", conta a gerente geral de capta��o e investimentos do BB, Luciane Effting. Os cinco mil gerentes do banco foram destacados para contatar os investidores.

Al�m disso, o banco aproveita o momento para dar "quilometragem" aos 120 consultores de investimento rec�m-contratados para os clientes do segmento de varejo. "Aproveitamos os novos funcion�rios para o projeto de internaliza��o desses recursos do Tesouro", conta.

Discri��o

O advogado Bernardo Pascowitch, do buscador de investimentos Yubb, conta que, apesar do interesse dos bancos, o trabalho tem sido tocado com discri��o entre as institui��es. A ideia, diz, � n�o passar a imagem de que os bancos est�o empreendendo um grande esfor�o em tirar o investidor dos t�tulos p�blicos. "At� porque, isso causaria um mal-estar com a B3 (bolsa brasileira), que faz a cust�dia dos t�tulos."

Ao mesmo tempo, Pascowitch destaca que tamb�m n�o se observa um grande incentivo para que o investidor conhe�a, experimente e invista no Tesouro Direto. "Todos est�o buscando oferecer produtos que sejam mais lucrativos do que o Tesouro."

Em outubro do ano passado, os bancos at� anunciaram taxa zero para opera��es do Tesouro, movimento apelidado de "efeito XP", por seguir um caminho j� pavimentado pelas corretoras independentes, que j� n�o cobram essas taxas. Mas isso era para n�o perder os clientes que estavam no Tesouro.

Neste momento de concorr�ncia pela alta liquidez entre investidores, a briga ganhou novo cap�tulo. A Necton lan�ou uma campanha de pagar o primeiro aporte no Tesouro para quem abrir uma conta na corretora. O investimento 'brinde' � uma fra��o de um t�tulo p�blico (um d�cimo), cerca de R$ 30.

A �rama e o BTG lan�aram um fundo de investimento em Tesouro Selic sem taxa de administra��o. Com isso, ficou mais barato aportar no fundo do que diretamente no Tesouro, j� que diretamente o poupador tem de pagar a taxa de cust�dia da B3 de 0,25%. As informa��es s�o do jornal O Estado de S. Paulo.


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