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Estado de Minas ECONOMIA

Juro menor ajuda, mas � preciso reforma


postado em 15/05/2019 11:01

A queda da atividade do setor de servi�os em mar�o, anunciada ontem, refor�ou que o primeiro trimestre foi pior do que se esperava. A retra��o acompanha resultados decepcionantes no mesmo per�odo no com�rcio e na ind�stria. Com a economia ainda fraca, especialistas ouvidos pelo jornal 'O Estado de S. Paulo' dizem que h� espa�o para que o Banco Central (BC) corte a taxa b�sica de juros (a Selic), na tentativa de estimular a economia.

No in�cio do ano, a maior parte dos economistas previa que o Comit� de Pol�tica Monet�ria (Copom), do Banco Central, s� mexeria nos juros no ano que vem. O primeiro trimestre fraco, por�m, mudou essa perspectiva. Ontem, o Instituto Brasileiro de Geografia e Estat�stica (IBGE) divulgou que a atividade do setor de servi�os recuou 0,7% em mar�o ante fevereiro, terceiro m�s seguido de queda.

O dado seguiu resultados negativos na ind�stria e de estagna��o no com�rcio. Nas �ltimas semanas, bancos e consultorias come�aram a revisar para baixo as perspectivas de crescimento do Pa�s este ano. O �ltimo Boletim Focus, do Banco Central, aponta que o Pa�s deve crescer abaixo de 1,5%.

Apesar da alta dos pre�os de combust�veis e alimentos no come�o do ano, o cen�rio esperado � de infla��o sob controle no segundo semestre, com o �ndice de Pre�os ao Consumidor - Amplo (IPCA) ficando em torno de 4% este ano. Isso, na avalia��o dos analistas, reabre a possibilidade do uso dos juros, hoje em 6,5% ao ano, para tentar reaquecer a economia.

"O BC tem espa�o para reduzir de 0,75 a 1 ponto porcentual a Selic na segunda metade do ano, sem estrago na infla��o", avalia o ex-diretor do Banco Central Alexandre Schwartsman. "S� que o investimento ainda deve ficar travado. A Selic ajuda um pouco, mas o investidor precisa saber se o Pa�s ainda vai resistir aos pr�ximos quatro anos - uma seguran�a que s� reformas estruturais podem dar."

Ele estima que o Pa�s cres�a entre 1,0% e 1,5% este ano, no mesmo patamar de 2017 e 2018. "O que � grave, dado que sa�mos de uma recess�o quando a queda foi de 8,0%. S� demonstra o quanto o processo de recupera��o tem sido lento."

2� semestre. No dia 10, o Bradesco revisou a proje��o de alta do PIB de 1,9% para 1,1% e passou a estimar a Selic em 5,75% ao ano no fim de 2019. O Ita� Unibanco tamb�m prev� que os juros b�sicos devam estar em 5,75% ao ano no fim de 2019. "A decis�o poderia ser acelerada caso houvesse uma defini��o mais clara da reforma", afirma o economista-chefe do banco J. Safra, Carlos Kawall. "Um corte nos juros poderia vir no terceiro trimestre, em julho, mas isso dependeria que a reforma da Previd�ncia fosse aprovada, pelo menos, na C�mara."

J� para Jos� Ronaldo de Castro Souza Jr., do Instituto de Pesquisa Econ�mica Aplicada (Ipea), um eventual corte nos juros precisa esperar por uma clareza maior das press�es dos pre�os de alimentos e combust�veis na infla��o. "� algo mais para o fim do ano mesmo."

"Com a reforma da Previd�ncia encaminhada, o Copom poderia come�ar a baixar juros l� por outubro. Esse seria um movimento positivo, considerando a alta ociosidade da ind�stria", avalia Silvio Campos Neto, da Tend�ncias Consultoria.

O tamb�m ex-diretor do Banco Central Luis Eduardo Assis, al�m de enxergar espa�o para uma rodada de corte de juros agora, diz que essa seria uma medida necess�ria para o est�mulo da economia, no momento em que o governo precisa dar "boas not�cias". "A reforma nunca ser� uma medida popular, mas � mais f�cil mexer na Previd�ncia com a economia dando algum sinal de rea��o."

J� a economista-chefe da consultoria Rosenberg, Tha�s Zara, concorda que a queda dos juros poderia dar um al�vio para a atividade econ�mica. "� um movimento que sempre acaba ajudando, mas demora um pouco para se transmitir para a atividade econ�mica." Ela avalia que o impacto dos juros menores seria sentido com mais for�a apenas no ano que vem.

As informa��es s�o do jornal O Estado de S. Paulo.D


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