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Estado de Minas ECONOMIA

Sustentabilidade ser� moeda de troca do agroneg�cio, diz diretor da Embrapa


postado em 16/05/2019 16:02

O Brasil precisa cada vez mais captar valor sobre a sustentabilidade dos produtos e servi�os agropecu�rios produzidos no pr�prio Pa�s, defende o diretor de Inova��o da Empresa Brasileira de Pesquisa Agropecu�ria (Embrapa), Cleber Soares. "A sustentabilidade ser� cada vez a mais moeda de troca do agroneg�cio brasileiro", afirmou ele em entrevista ao jornal O Estado de S. Paulo e ao Broadcast, sistema de not�cias em tempo real do Grupo Estado.

Na entrevista, o dirigente detalhou as estrat�gias de atua��o da companhia em quatro eixos: sustentabilidade, inova��o aberta, startups e inclus�o tecnol�gica.

Todos, diz, s�o permeados pela ideia de que a agricultura do futuro ser� cada vez mais digital, seja no material gen�tico desenvolvido, no acesso a bancos de dados e em processos que v�o do plantio ao trato cultural, chegando � colheita, armazenamento e comercializa��o.

Soares destacou novas oportunidades que est�o se abrindo para o agroneg�cio brasileiro como, por exemplo, a constru��o de marcas, certifica��es e processos de rastreabilidade usando a chancela da sustentabilidade. Segundo ele, aplicar isso em produtos como a carne, valorizando processos produtivos com baixa emiss�o de carbono, � um mercado com grande potencial.

Nesse sentido, exemplifica os avan�os da Rede ILPF - associa��o entre a Embrapa e agentes do setor privado para aumentar o uso da integra��o Lavoura-Pecu�ria-Floresta, tecnologia lan�ada no Brasil e presente em cerca de 14,6 milh�es de hectares.

"Precisamos desenvolver novas alternativas para, a partir de elementos tang�veis e quantific�veis, como o (os dados de emiss�o de) carbono dentro do sistema produtivo e, ent�o, capturar valor sobre servi�os agroambientais, como o menor uso da �gua, carbono e bem-estar animal".

Segundo Soares, � preciso ganhar em cima dos diferenciais competitivos do Brasil, algo que ainda n�o � feito a contento. "Com a m�trica da sustentabilidade, s� o Brasil pode aumentar a produ��o atendendo a um mercado consumidor cada vez mais exigente. Temos sistemas integrados de produ��o, florestas plantadas, plantio direto na palha. S�o valores que passam despercebidos", avaliou.

Inova��o aberta

Soares disse que hoje "ningu�m � detentor de todo o conhecimento" e defendeu alian�as com diferentes segmentos econ�micos e cadeias produtivas. "Temos de olhar para al�m da agricultura e al�m do alimento, ser mais protagonistas e indutores na busca de parcerias para alavancar os ativos e derivados das pesquisas", comentou.

Um exemplo das novas estrat�gias, � a parceria recente com a Visiona, empresa do grupo da Embraer, especializada em tecnologia espacial. O objetivo � combinar o conhecimento cient�fico que orienta a tomada de decis�o com sistemas inteligentes aplicados ao campo para mapeamento e monitoramento das �reas produtivas.

H� tamb�m novos mercados a serem explorados que permitem a diversifica��o da produ��o e a agrega��o de valor. Um deles � o de gr�o de bico, fonte de prote�na valorizada especialmente em regi�es da �sia e Oriente M�dio. A Embrapa disponibilizou variedades adaptadas ao Brasil de olho num mercado que Soares qualifica como "bilion�rio".

Agtechs

Sobre as startups, afirmou que a Embrapa deve estar presente e envolvida nos novos ecossistemas de inova��o. "Seja induzindo ou trazendo parcerias para a empresa."

Como exemplo, citou as maratonas e desafios para promover startups ao redor do Brasil, a presen�a em polos tecnol�gicos como a Escola Superior de Agricultura Luiz de Queiroz (Esalq/USP), em Piracicaba (SP), e a elabora��o de editais tem�ticos para que companhias impulsionem ativos da Embrapa. Mencionou, tamb�m, a parceria com fundos de investimentos para identificar startups com potencial de receber aportes.

Inclus�o tecnol�gica

Por fim, Cleber Soares mencionou a diretriz de inova��o social por meio da inclus�o tecnol�gica e o desenvolvimento de pol�ticas p�blicas. "Temos de promover riqueza para o pequeno, m�dio e grande", disse, exemplificando com agrega��o de valor.

Como exemplo citou a batata doce com 10 vezes mais betacaroteno. "O esfor�o de produ��o � o mesmo, mas o valor � muito mais alto."

O mesmo tem sido feito com outros produtos agropecu�rios, como ab�bora, mandioca e gr�os desenvolvidos para ajudar a suprir a car�ncia nutricional de regi�es mais pobres.


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