Turbinado pela conclus�o da venda da gigante de celulose Fibria para a Suzano, o lucro do grupo Votorantim atingiu R$ 4,4 bilh�es no primeiro trimestre, valor 29 vezes superior ao do mesmo per�odo de 2018 (R$ 150 milh�es).
A receita l�quida do conglomerado, que tem neg�cios nas �reas de cimento, energia, metais, suco de laranja e banco, totalizou R$ 6,7 bilh�es de janeiro a mar�o, com crescimento de 5% sobre o primeiro trimestre de 2018. "Os tr�s primeiros meses do ano s�o sempre desafiadores para o grupo, sobretudo nas �reas de cimento e alum�nio", diz S�rgio Malacrida, diretor financeiro e rela��es com investidores da Votorantim SA.
Este ano, por�m, essas duas divis�es venderam mais. Com a desvaloriza��o do real impactando as opera��es no exterior e o reconhecimento de cr�ditos tribut�rios referentes ao ICMS, o desempenho do grupo melhorou de maneira geral.
Com mais dinheiro em caixa - o grupo da fam�lia Erm�rio de Moraes levantou R$ 8,2 bilh�es em janeiro com a venda da empresa de celulose -, o conglomerado destinou pouco mais da metade dos recursos para melhorar o perfil de sua d�vida. S� na divis�o de cimento, o grupo injetou R$ 2 bilh�es. O endividamento bruto no fim de mar�o estava em R$ 20,3 bilh�es, 17% menor do que em dezembro.
A reorganiza��o dos neg�cios reflete um movimento do grupo para se tornar uma gestora de neg�cios e reduzir sua depend�ncia da economia brasileira. Eduardo Vassimon, ex-presidente do Ita� BBA, assumiu neste m�s a presid�ncia do conselho de administra��o do grupo, no lugar de Raul Calfat.
Novos passos
Al�m da venda da Fibria, no ano passado o grupo arrematou o controle da Companhia Energ�tica de S�o Paulo (Cesp), em parceria com o fundo de pens�o canadense CPPIB.
De acordo com Malacrida, o Votorantim ganhou mais f�lego para olhar novos investimentos dentro e fora do Brasil. O setor de energia e concess�es em infraestrutura est�o no radar do conglomerado. A companhia tamb�m n�o descarta firmar sociedade com investidores em futuros neg�cios - o movimento mais recente foi a joint venture com o fundo canadense. "Somos �timos s�cios", afirma ele, referindo-se � outras parcerias da fam�lia Erm�rio de Moraes, como na Citrosuco com a fam�lia Fischer e no banco Votorantim, com o Banco do Brasil.
Para este ano, o grupo planeja investir cerca de R$ 3,5 bilh�es. Boa parte desses recursos ser� destinado para a moderniza��o de unidades de cimento. As informa��es s�o do jornal O Estado de S. Paulo.
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