Alta do d�lar e pre�o do petr�leo contribuem para maior arrecada��o, diz Receita

A maior arrecada��o de impostos em cinco anos, registrada em abril e nos quatro primeiros meses do ano, decorre do aumento no pagamento de tributos ligados ao lucro das empresas e ao aumento do pre�o do petr�leo e do d�lar, explicou o chefe de Estudos Tribut�rios da Receita Federal, Claudemir Malaquias. Ele refor�ou que, em abril, houve alta de 7,25% na arrecada��o de Imposto de Renda sobre Pessoa Jur�dica (IRPJ) e Contribui��o Social sobre o Lucro L�quido (CSLL), o que contribuiu para o resultado.

Segundo Malaquias, os pagamentos neste in�cio de ano ainda refletem a lucratividade das empresas em 2018. "O imposto de renda est� apresentando um desempenho satisfat�rio em rela��o ao ano anterior. Os resultados vieram muito acima dos valores recolhidos no ano anterior, o que reflete uma melhora no desempenho das empresas em 2018 em rela��o a 2017", afirmou.

Conforme publicado pelo Broadcast (sistema de not�cias em tempo real do Grupo Estado), tamb�m contribuiu para esse aumento uma mudan�a na legisla��o feita em agosto do ano passado, que endureceu as regras para compensa��es tribut�rias, reduzindo as possibilidades de as empresas descontarem cr�ditos tribut�rios do imposto de renda.

De acordo com o coordenador de Previs�o e An�lise, Marcelo Gomide, apesar de o governo ter cortado em cerca de R$ 5 bilh�es a previs�o neste ano para a arrecada��o de receitas administradas, a proje��o para o crescimento em 2019 continua entre 1% e 1,5%, j� descontada a infla��o.

Atividade

O subsecret�rio de Pol�tica Fiscal da Secretaria de Pol�tica Econ�mica do Minist�rio da Economia, Marco Cavalcanti, ressaltou que a alta de 1,14% na arrecada��o do semestre � ligada a fatores espec�ficos e que o quadro de recupera��o lenta da economia se reflete em uma arrecada��o mais fraca do que o governo gostaria. "O crescimento da ind�stria ainda n�o foi recuperado. Ao longo do ano, na medida que economia passe a se recuperar com as reformas, recupera��o da economia se acelerar� e esperamos que a arrecada��o se recupere mais rapidamente", afirmou.