As vendas e os lan�amentos de im�veis residenciais no Pa�s devem crescer em torno de 10% a 15% em 2019, de acordo com estimativa da C�mara Brasileira da Ind�stria da Constru��o (CBIC). A perspectiva � que o crescimento seja puxado pelo segmento de im�veis de m�dio e alto padr�o, em que as moradias s�o financiadas por linhas banc�rias que utilizam recursos da poupan�a.
J� os neg�cios envolvendo as unidades dentro do programa Minha Casa Minha Vida (MCMV), que contam com financiamento por meio de recursos do Fundo de Garantia do Tempo de Servi�o (FGTS), devem permanecer est�veis, considerando que o or�amento do fundo ficou estagnado do ano passado para c�.
"Quem vai puxar o crescimento � a habita��o de mercado (m�dio e alto padr�o)", projetou o presidente da Comiss�o Imobili�ria da CBIC, Celso Petrucci, citando as limita��es de recursos do FGTS.
Petrucci disse que os lan�amentos e as vendas continuam saud�veis no segundo trimestre, a despeito do ritmo mais lento de recupera��o da economia brasileira. Ele citou como exemplo que os lan�amentos na cidade de S�o Paulo no m�s de abril foram o dobro do registrado no mesmo m�s do ano anterior. "� uma rea��o que, guardadas as propor��es de cada mercado, acreditamos que tamb�m vem acontecendo em outros Estados", observou.
Ele ponderou, entretanto, que a perspectiva de crescimento do mercado leva em considera��o a necessidade de encaminhamento das reformas estruturais do Pa�s, sendo a mais importante delas a reforma da Previd�ncia. Caso haja deteriora��o da economia nacional e um notici�rio negativo sobre a concretiza��o da reforma, muitas pessoas podem adiar a decis�o de compra de um im�vel, avaliou.
Guedes e Maia
O presidente da CBIC, Jos� Carlos Martins, disse n�o ver distanciamento entre Executivo e Congresso nas discuss�es em torno da reforma da Previd�ncia, e destacou, nominalmente, a dedica��o do ministro da Economia, Paulo Guedes, e do presidente da C�mara, Rodrigo Maia, para o encaminhamento do tema. "Se a reforma da Previd�ncia acontecer, � porque houve dedica��o de Guedes e Maia", afirmou em coletiva de imprensa.
Martins tamb�m ressaltou que a aprova��o da reforma � essencial para garantir maior confian�a de agentes econ�micos, retomada dos investimentos e um crescimento mais robusto da economia brasileira. "A reforma da Previd�ncia � t�o necess�ria que acreditamos que n�o h� como n�o acontecer. O seu tamanho e o jeito � que ainda ser�o decididos", afirmou, acrescentando que v� o Congresso "bastante motivado" para dar andamento �s discuss�es.
Manifesta��es
O presidente da CBIC tamb�m sinalizou que v� de forma positiva as manifesta��es ocorridas no domingo em dezenas cidades no Pa�s, em apoio ao governo de Jair Bolsonaro e � uma pauta com v�rios itens, incluindo a reforma da Previd�ncia. "As manifesta��es de ontem fortalecem tudo, s�o democr�ticas", comentou.
J� para Petrucci, a manifesta��o "foi uma forma de saber que grande parte dos cidad�os est� consciente de que as reformas s�o necess�rias".
Futuro do MCMV
Embora o governo federal tenha come�ado discuss�es sobre mudan�as no Minha Casa Minha Vida sem a participa��o de empres�rios do setor, nada ser� feito de forma precipitada, garantiu o ministro do Desenvolvimento Regional, Gustavo Canuto, de acordo com informa��o compartilhada pelo presidente da CBIC.
Em entrevista � imprensa, Martins disse que cobrou Canuto sobre declara��es p�blicas de membros do governo a respeito de altera��es no programa habitacional sem que as associa��es do setor de constru��o tivessem sido consultadas anteriormente, o que pegou empres�rios e investidores de surpresa. "O ministro pediu para que n�o tir�ssemos conclus�es precipitadas. Um programa de mais de 10 anos n�o se muda de forma a�odada, e sem a participa��o do setor", afirmou, repetindo mensagem que enviada por Canuto a ele via Whatsapp.
Conforme j� informado pelo Broadcast (sistema de not�cias em tempo real do Grupo Estado), entre os itens em discuss�o no governo, est� a ideia de doar terrenos p�blicos nas regi�es metropolitanas para as construtoras e financiar as obras por meio de recursos do FGTS. A construtora ainda ficaria respons�vel por administrar o condom�nio, depois de pronto, durante um per�odo em torno de 20 a 30 anos. Por sua vez, o benefici�rio pagaria um aluguel pelo uso da moradia, podendo converter os valores na propriedade do im�vel no fim desse per�odo caso se mantenha adimplente.
Martins disse que as propostas devem ser complementares �s faixas existentes, e n�o substitutivas. "As faixas 1,5, 2 e 3 est�o consolidadas", afirmou. J� a faixa 1 est� travada devido � car�ncia de recursos p�blicos para subsidiar os im�veis.
O presidente da CBIC ainda acrescentou que concorda que o programa busque solu��es complementares para a moradia, al�m da aquisi��o de im�veis. Um exemplo seria a loca��o. "Temos que ir efetivamente para aquilo que era a forma original do MCMV, a moradia. H� v�rias formas para isso. Precisamos agregar uma s�rie de outros produtos para que seja um programa social de moradia", defendeu.
No dia 4 de junho, uma comiss�o da CBIC vai se reunir com membros do Minist�rio do Desenvolvimento Regional para discutir potenciais mudan�as no MCMV.
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ECONOMIA
CBIC projeta crescimento de 10% a 15% do mercado imobili�rio em 2019
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