A Petrobras assinou, na segunda-feira, 10, contrato com a holandesa SBM Offshore para afretamento e opera��o do segundo sistema de produ��o definitivo do campo de Mero, localizado na �rea noroeste do bloco de Libra, informou nesta ter�a-feira, 11, a companhia. � o primeiro contrato da operadora de offshore com a petroleira brasileira, ap�s a companhia holandesa ter firmado acordo de leni�ncia com autoridades nacionais ano passado, admitindo o pagamento de propina no passado.
A unidade afretada com a SBM ser� instalada no projeto Mero 2, a cerca de 180 quil�metros da costa do Rio e profundidade d'�gua m�dia de 2.100 metros, no pr�-sal da Bacia de Santos.
A plataforma, do tipo FPSO (unidade que produz, armazena e transfere �leo), dever� interligar at� 16 po�os e ter� capacidade de processar at� 180 mil barris de petr�leo por dia (bpd) e 12 milh�es de m�/dia de g�s, informou a Petrobras, em nota.
"O in�cio da produ��o est� previsto para 2022. A plataforma se juntar� ao FPSO Pioneiro de Libra, dedicado a sistemas de produ��o antecipada, em opera��o desde novembro de 2017; e ao FPSO Guanabara, primeira unidade prevista para o sistema de produ��o definitivo do campo de Mero, com entrada em produ��o prevista para 2021", diz a nota da estatal.
Com a contrata��o da SBM, a Petrobras completar� "a contrata��o do arranjo de produ��o previsto para o campo de Mero no Plano de Neg�cios e Gest�o 2019-2023". Ao t�rmino do plano, a estatal ter� dois sistemas de produ��o definitivos operando, "que poder�o somar at� 360 mil barris petr�leo por dia � capacidade de produ��o operada pela Petrobras".
"Com as informa��es j� obtidas nos testes em realiza��o, confirmamos o elevado potencial de produ��o do campo de Mero, que tem reserva estimada entre 3 e 4 bilh�es de barris", diz, na nota, Carlos Alberto Pereira de Oliveira, diretor executivo de Explora��o e Produ��o da Petrobras.
A petroleira estatal � a operadora do Cons�rcio de Libra, bloco localizado na camada pr�-sal.
Tamb�m integram o cons�rcio Shell (20%), Total (20%), CNPC (10%) e CNOOC Limited (10%).
A nova FPSO ser� operada pela SBM Offshore, empresa respons�vel pela constru��o, com dura��o de afretamento por 22,5 anos. Parte da constru��o ser� realizada no Brasil, em modelo semelhante ao adotado por outras unidades afretadas pela Petrobras, informou a companhia.
A SBM Offshore s� p�de ser contratada porque, em julho do ano passado, assinou acordo de leni�ncia com a Controladoria-Geral da Uni�o e a Advocacia-Geral da Uni�o (AGU). Como parte do acordo, a empresa holandesa pagou R$ 549 milh�es � Petrobras em outubro. No total, a SBM Offshore pagar� cerca de R$ 1,22 bilh�o, entre valores de multa e ressarcimento de danos.
Operadora global de plataformas para explora��o de petr�leo, a empresa holandesa admitiu ter pago milh�es em propina para conseguir contratos com a Petrobras. O caso, que envolvia o pagamento de propina em outros pa�ses, especialmente na �frica, veio � tona na imprensa holandesa no in�cio de 2014, na mesma �poca em que a Opera��o Lava Jato era deflagrada.
ECONOMIA