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Estado de Minas ECONOMIA

Bancos tentam negociar recupera��o extrajudicial do Grupo Odebrecht


postado em 12/06/2019 07:04

Os grandes bancos brasileiros est�o negociando em conjunto uma recupera��o extrajudicial - ou seja, fora do ambiente da Justi�a - do Grupo Odebrecht, afirmou ontem Octavio de Lazari, presidente do Bradesco. "Trabalhamos com todos os cen�rios (sobre a Odebrecht)", disse Lazari, depois de proferir palestra no CIAB Febraban 2019, tradicional feira de tecnologia banc�ria. "Procuramos, por�m, (priorizar) uma recupera��o extrajudicial para que todos os atores possam sentar-se � mesa e chegar a um ajuste, com concess�o de mais prazo e condi��o de pagamento diferenciada."

Segundo Lazari, a busca pelo entendimento � para evitar que a controladora de empresas como a OEC, a maior empreiteira do Pa�s, e da petroqu�mica Braskem n�o entre em um processo de recupera��o judicial. "Temos preocupa��o (com a Odebrecht), l�gico porque � uma empresa importante, que tem cr�dito e ativos em todos os bancos", afirmou Lazari. "� uma empresa importante para o Pa�s, gera muitos empregos e tem tecnologia de engenharia avan�ada, reconhecida, ent�o, � uma pena que a gente tenha uma perda ou uma empresa brasileira numa situa��o como essa."

Dificuldades. Com cerca de R$ 70 bilh�es em d�vidas, a Odebrecht tenta n�o seguir o mesmo caminho de sua subsidi�ria do agroneg�cio, a Atvos, que no fim de maio pediu recupera��o judicial ap�s uma investidora americana, a Lone Star, ter conseguido na Justi�a o arresto de parte da produ��o da empresa.

Al�m da recupera��o da Atvos, empresa cujo controle chegou a ser oferecida pela Odebrecht para os bancos como contrapartida a um pedido de repactua��o de d�vidas, outro rev�s nas conversas foi a desist�ncia da holandesa LyondellBasell, na semana passada, de comprar o controle da Braskem. Ativos da petroqu�mica tamb�m tinham sido oferecidos pela Odebrecht para facilitar as conversas com credores.

Caso a Odebrecht S.A. entre em recupera��o judicial, os bancos entrar�o ainda numa fila para receber os empr�stimos, ao lado de funcion�rios, governo, fornecedores e outros. Al�m disso, o desconto sobre a d�vida tende a ser bem maior. Por isso, a organiza��o para a recupera��o extrajudicial do grupo controlador, que garante empr�stimos de cerca de R$ 20 bilh�es de suas subsidi�rias.

Lazari afirmou que todos os bancos est�o "muito bem provisionados" em rela��o � Odebrecht. Especificamente sobre o Bradesco, ele disse que o banco tem provis�es conforme "padr�es estabelecidos". "Temos provis�es necess�rias", disse.

Desde que a Odebrecht foi envolvida nos esc�ndalos da opera��o Lava Jato, os bancos come�aram a a provisionar recursos para poss�veis perdas, enquanto negociavam maiores garantias como condi��o para alongar vencimentos.

De acordo com Lazari, a situa��o da Odebrecht � um caso isolado uma vez que as empresas brasileiras s�o pouco alavancadas. "� um caso que est� sendo bem administrado e a gente vai tentar solucionar", afirmou.

Uma reuni�o entre os credores da empresa estava agendada para ontem. No centro dos debates, o pedido de garantias por parte da Caixa, que quer acesso �s a��es da Braskem assim como os demais credores.

Na OEC, a recupera��o extrajudicial j� � tida como certa, uma vez que os principais credores da empresa s�o bondholders (detentores de t�tulos) espalhados pelo mundo. Para conseguir a renegocia��o total, a sa�da � a recupera��o extrajudicial, que requer a aprova��o do plano por detentores de tr�s quintos da d�vida - ou 60%.

Esse pode ser um problema uma vez que os bancos p�blicos det�m participa��o relevante da d�vida. S�o eles os mais arredios na busca por uma solu��o.

Para conseguir a recupera��o extrajudicial, a empresa teria de conseguir a ades�o de parte desses bancos. Um credor disse que a op��o extrajudicial n�o foi discutida com todos os bancos e n�o deve ser uma sa�da f�cil. A Odebrecht informou, em nota, "que est� empenhada em implementar a��es para a estabiliza��o financeira do grupo e, assim, criar bases para a retomada do crescimento de seus neg�cios".

As informa��es s�o do jornal O Estado de S. Paulo.


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