O presidente da Associa��o Brasileira das Empresas A�reas (Abear), Eduardo Sanovicz, avalia que a retomada do crescimento no setor neste ano est� baseada em um trip� fundamental que inclui, al�m da recupera��o econ�mica, a entrada do capital estrangeiro e a seguran�a jur�dica. "Isso � valido tamb�m para 2020 e 2021", afirmou, em entrevista exclusiva ao Broadcast, sistema de not�cias em tempo real do Grupo Estado.
No campo da seguran�a jur�dica, Sanovicz considera crucial a manuten��o e cumprimento das regras de cobran�a de bagagem e distribui��o de slots, alinhado aos padr�es internacionais da avia��o.
Aliado a isso, a aprova��o esperada para os pr�ximos dias da redu��o da al�quota do ICMS no querosene de avia��o em S�o Paulo - mercado que representa um ter�o da avia��o nacional - tamb�m � essencial para o crescimento do setor. "Essa atitude do governo paulista impacta positivamente a economia do Pa�s inteiro em termos de mobilidade e neg�cios", disse.
"Entramos em 2019 com a economia ainda andando de lado, portanto n�s enquanto ind�stria teremos de continuar sendo muito disciplinados em termos de capacidade e gest�o de custos", alertou. Sanovicz aponta que por se tratar de um ano de expectativa com reformas estruturais e novas concess�es aeroportu�rias, o impacto da alta de custos no setor a�reo "ainda � uma inc�gnita".
Novas a�reas
Na avalia��o de Sanovicz, a libera��o de capital estrangeiro nas a�reas pode mudar o setor. Mas, para ele, a atra��o de novas companhias para o Brasil est� diretamente ligada � seguran�a jur�dica e � recupera��o da economia. Nesse sentido, disse, � preciso deixar clara a regra sobre a cobran�a de bagagem. Segundo ele, a isen��o da cobran�a coloca o Pa�s ao lado de Venezuela, R�ssia e da China, que seguem um padr�o que ficou ultrapassado no in�cio dos anos 1990.
Com rela��o � chegada de um nova a�rea ao Pa�s, o dirigente calcula que a companhia deve demorar de 9 a 12 meses para come�ar a voar. Em 22 de maio, a Ag�ncia Nacional de Avia��o Civil (Anac) aprovou por unanimidade a concess�o de outorga para voos dom�sticos � espanhola Air Europa. "A recupera��o judicial da Avianca tirou 50 avi�es do mercado e cada uma das a�reas nacionais dentro de sua estrat�gia comercial trabalha em um plano de amplia��o para tentar absorver essa demanda", afirmou.
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