A Passaredo Linhas A�reas entrou na disputa pelas autoriza��es de pousos e decolagens que pertenciam � Avianca no aeroporto de Congonhas (SP). A companhia de avia��o regional j� solicitou � Ag�ncia Nacional de Avia��o Civil (Anac) assumir ao menos 10 dos 21 slots (autoriza��es de pouso e decolagem) da rival, que est� em recupera��o judicial, no aeroporto paulistano. A empresa j� oficializou a inten��o com o Conselho Administrativo de Defesa Econ�mica (Cade).
Em entrevista ao Estad�o/ Broadcast, o controlador da Passaredo, Jos� Luiz Fel�cio Filho, disse que, pelas regras atuais, a empresa seria tratada como "entrante". Desta forma, teria direito a 50% dos slots da Avianca - o restante seria dividido dentre as demais companhias que j� operam em Congonhas (Gol, TAM e Azul). Al�m da Passaredo, a �nica empresa nacional que poderia ser classificada como entrante seria a MAP, que atua apenas nos Estados do Amazonas e Par�.
Durante o processo de recupera��o a Avianca, que come�ou em dezembro, a Azul tentou comprar as opera��es da concorrente para ficar com os slots em Congonhas, mas as l�deres de mercado - Latam e Gol - entraram na briga. O processo envolveu o Judici�rio e tamb�m mobilizou o Cade, �rg�o respons�vel por quest�es de competitividade.
"A Passaredo vem em processo desgastante de sete ou oito anos (que incluiu a entrada e a sa�da de uma recupera��o judicial) e sempre esperou oportunidade de operar em Congonhas para acessar o mercado de alta rentabilidade e alta competitividade. Temos o direito e a capacidade de fazer opera��o", disse Fel�cio.
Segundo ele, durante reuni�o com representantes da Anac, em 27 de maio, foi reiterado o interesse da companhia de ser um novo operador no aeroporto paulistano. "Escutamos que as regras ser�o mantidas, mas o Cade, que participa do processo, est� sob press�o, at� pela pr�pria Azul, que pede os slots, mas n�o � entrante, pois j� opera no aeroporto", disse.
Ele diz ter apoio da Associa��o Brasileira das Empresas A�reas (Abear) em seu pedido - a Azul, no meio da briga pela Avianca, anunciou sua sa�da da entidade.
Dificuldades
Apesar da dificuldade financeira ap�s o fim da recupera��o judicial, em 2017, a Passaredo estima que investir� US$ 4,5 milh�es, cerca de R$ 17,5 milh�es, para ampliar em 50% suas opera��es caso tenha �xito e passe a operar em Congonhas. A empresa espera incorporar tr�s novos turbo�lices ATR72-500 � frota atual de seis aeronaves e elevar para 60 o n�mero de voos di�rios.
Caso a Passaredo tenha aval para operar em Congonhas, as opera��es devem ser iniciadas em 90 dias, estima Eduardo Busch, diretor executivo da companhia. Ao contr�rio da Azul, que quer os slots para operar na ponte a�rea Rio-S�o Paulo, a Passaredo pretende manter o perfil de companhia regional.
Nesta semana, a empresa ficou sob amea�a da Socicam, concession�ria do aeroporto de Vit�ria da Conquista (BA), de ser proibida de operar na cidade por reter taxas de embarque. "Estranhamos a forma como a Socicam tratou essa negocia��o. Agiram de forma a pressionar uma situa��o que � nossa responsabilidade e foi resolvida", disse Fel�cio.
Oportunidade
60 � o total de voos que a Passaredo quer atingir caso tenha �xito na inten��o de reter a metade dos slots de Congonhas que hoje pertencem � Avianca.
US$ 4,5 mi seria o investimento da companhia em aeronaves para a abertura de novas rotas.
50% seria o crescimento estimado da empresa com a expans�o de suas opera��es a partir do aeroporto da cidade de S�o Paulo.
As informa��es s�o do jornal O Estado de S. Paulo.
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