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Estado de Minas ECONOMIA

Inova��es do Pa�s t�m destaque global


postado em 16/06/2019 13:32

Em meio a dados que mostram o atraso do Brasil na inser��o tecnol�gica, um grupo de empresas se destaca no desenvolvimento local de projetos inovadores. Alguns deles t�m potencial de ser refer�ncia global, como o nanosat�lite criado pela Visiona (joint venture entre Embraer e Telebr�s) em parceria com o Senai Cimatec.

Al�m de investimentos pr�vios em sistemas, foram gastos at� agora cerca de R$ 15 milh�es no projeto. Inicialmente, a inten��o era usar o pequeno sat�lite, de 10 quilos, em testes de valida��o para aplicar no primeiro sat�lite projetado pela ind�stria brasileira, de m�dio porte (de 50 a 2 mil quilos), que tamb�m est� a caminho.

"Acabou ficando t�o bom que decidimos us�-lo n�o s� para testes, mas comercialmente", diz o presidente da Visiona, Jo�o Paulo Campos. Pela rela��o custo-benef�cio e capacidade de coletar imagens e dados, o equipamento "ser� um benchmark no mundo para sat�lites de tamanho equivalente", diz.

Outro desenvolvimento nacional in�dito � o FlatFish, minissubmarino aut�nomo para inspe��o de dutos e equipamentos usados na explora��o de petr�leo e g�s em �guas profundas. Resultado de parceria entre as empresas Shell e Saipen (grupo italiano que montou base de t�cnicos no Pa�s) e o Senai Cimatec, poder� fazer inspe��es di�rias e identificar problemas antes que se tornem algo maior.

"Isso nos permitir� corrigir qualquer falha rapidamente", informa Diego Russo Juliano, engenheiro de sistemas submarinos da Shell.

Segundo ele, hoje a inspe��o � feita uma ou duas vezes ao ano, dependendo do equipamento. A empresa ser� a primeira a usar o FlatFish em campo no pr�ximo ano e j� trabalha no desenvolvimento de outros dois submarinos para averiguar cascos de navios e inspecionar a parte interna dos dutos.

Esses e v�rios outros projetos foram apresentados na semana passada no congresso de inova��o realizado em S�o Paulo pela Confedera��o Nacional da Ind�stria (CNI). Em comum, eles t�m apoio financeiro da Embrapii, entidade vinculada ao Minist�rio da Ci�ncia e Tecnologia, que participa com um ter�o dos custos de desenvolvimento dos projetos selecionados. A entidade tem R$ 1,5 bilh�o para esse apoio, ao longo de seis anos.

Dados da CNI mostram que, de um total de 24 setores industriais brasileiros, 14 est�o muito atrasados em rela��o � ado��o de tecnologias digitais. A maioria alega falta de recursos financeiros, excesso de regula��o e burocracia. Outro estudo mostra que, em 2017 (�ltimo dado dispon�vel), os EUA gastaram US$ 533 bilh�es em P&D;, enquanto a China investiu US$ 279 bilh�es, o Jap�o US$ 202 bilh�es e o Brasil US$ 20 bilh�es.

Flatfish

Em desenvolvimento desde 2013, o minissubmarino aut�nomo Flatfish, na vers�o conceito, atua em uma profundidade de at� 300 metros para inspecionar tubula��es e equipamentos de uso na explora��o mar�tima de petr�leo. A vers�o oficial, que j� est� a caminho, poder� operar a mais de 3 mil metros de profundidade, informa Diego Russo Juliano, engenheiro da Shell. A empresa � respons�vel pelo projeto em parceria com o Senai Cimatec e a Saipem do Brasil. A nova vers�o � a que vai para o mercado no fim de 2020.

O rob� ficar� a maior parte do tempo em uma "garagem" subaqu�tica ou, quando necess�rio, em uma plataforma ou navio. O Flatfish tem equipamentos para fotos e v�deos, inclusive com capacidade para imagens em 3D, e far� a coleta de dados. Da "garagem", o submarino poder� transmitir as informa��es aos sistemas que ser�o acompanhados diariamente por operadores na superf�cie. A Saipem poder� comercializar os servi�os para diversos pa�ses.

Rob� Snake

Simular os movimentos de um bra�o, com a agilidade de uma cobra, � a miss�o do Rob� Snake. Desenvolvido para atividades como inspe��o de solda, aplica��o de cola e soldagem a laser em partes de dif�cil acesso, o equipamento deve ser usado primeiro na linha de produ��o de carros. A demanda partiu da General Motors que, h� tr�s anos, procurou a Embrapii e o Instituto Senai de Inova��o para a parceria. O equipamento deve ser liberado para uso comercial em dois anos.

"A novidade n�o � o rob�, mas o mecanismo que d� agilidade para simular movimentos do bra�o, como ombro, cotovelo e pulso", diz Carlos Sakuramoto, gerente de tecnologia e inova��o da GM. Outro diferencial em rela��o a rob�s similares � a maior capacidade de carga, de 15 quilos na ponta (m�o). Ele pode substituir de dois a quatro rob�s convencionais. Ainda n�o est� definido o respons�vel pela produ��o, mas o Snake pode ser usado por v�rias empresas e a GM receber� royalties pela tecnologia. "Custa muito caro para ser exclusivo."

Nanosat�lite

O primeiro sat�lite feito por empresas brasileiras ser� lan�ado ao espa�o em 2020 e ficar� em �rbita a 600 km da terra. Um sat�lite de grande porte, normalmente usado na �rea de comunica��o, fica a 36 mil km. O nanosat�lite, ou VCUB, � um projeto da Visiona (joint venture entre Embraer e Telebr�s) e Senai Cimatec, e tem ainda a parceria da Opto Space, empresa do grupo Akaer que desenvolveu uma c�mera com tecnologia inovadora no mundo para ser acoplada ao equipamento.

"A imagem ser� como olhar de Campinas (SP) um carro estacionado no Rio de Janeiro", compara Jo�o Paulo Campos, presidente da Visiona. A empresa foi criada em 2012 para trabalhar no desenvolvimento de sat�lites. O VCUB poder� monitorar desmatamentos, queimadas, al�m de uso meteorol�gico e de defesa. A Visiona j� tem acordo de coopera��o com a Embrapa para desenvolver sistemas inteligentes aplicados � agricultura.

Consult�rio port�til

estado recentemente no atendimento de �ndios em uma aldeia no Paran�, o consult�rio odontol�gico port�til est� em processo de certifica��o para lan�amento. Hoje, custaria cerca de R$ 300 mil, segundo Persio Farah Serednicki, respons�vel pela �rea de vendas da Lactec, unidade da Embrapii sem fins lucrativos e autossustent�vel. O equipamento re�ne todas as atividades necess�rias para o tratamento de dentes, com exce��o do Raio X. Leve, ele fica condicionado numa mala r�gida e cabe no porta-malas do carro.

"Al�m de ir a locais de dif�cil acesso, tamb�m serve para atender pessoas com dificuldade motora, como idosos e pacientes com Alzheimer e AVC", diz Serednick. Para funcionar, o consult�rio port�til pode ser ligado ao cinzeiro do autom�vel ou tomada de 127 volts. � equipado com um tablet que controla os equipamentos e teve parte do desenvolvimento patrocinado pela D�Express, empresa formada por um grupo de dentistas de Curitiba (PR).

Fontes renov�veis

O grupo de perfumaria e cosm�ticos O Botic�rio est� em busca de corantes naturais que n�o sejam derivados de animais. O objetivo � encontrar em fungos, bact�rias e microalgas a mat�ria-prima especialmente para produtos de cor vermelha e rosa. Boa parte das empresas utilizam corantes sint�ticos ou extra�dos da cochonilha - inseto que, ao ser esmagado, solta um composto avermelhado. O projeto de pesquisa e desenvolvimento teve in�cio neste ano em conjunto com a Embrapii e a Embrapa Agroenergia.

"Hoje s�o usadas fontes finitas, como minerais e pigmentos sint�ticos e buscamos fontes renov�veis", diz Clarice Sasson, coordenadora de pesquisa e desenvolvimento de maquiagem do Botic�rio. Segundo ela, j� h� produtores que atuam nessa linha, mas em escala pequena. "Nosso desafio � encontrar novas fontes de obten��o do corante e uma produ��o em escala industrial vi�vel." As informa��es s�o do jornal O Estado de S. Paulo.


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