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Facebook: Libra poder� dar empurr�o nas criptomoedas

Foi anunciada ontem a cria��o de uma associa��o, encabe�ada pela empresa de Mark Zuckerberg, que vai atuar com dinheiro virtual em com�rcio eletr�nico e pagamentos globais


postado em 19/06/2019 06:00 / atualizado em 19/06/2019 08:05

Mark Zuckerberg pretende expandir as fontes de receita do Facebook por meio da nova associação (foto: Philippe Lopez/AFP 10/5/19)
Mark Zuckerberg pretende expandir as fontes de receita do Facebook por meio da nova associa��o (foto: Philippe Lopez/AFP 10/5/19)
S�o Paulo – A chegada de uma criptomoeda pelas m�os de uma das empresas mais valiosas do mundo, o Facebook, dever� marcar uma nova etapa na hist�ria desse tipo de moeda virtual. O Facebook divulgou ontem alguns detalhes sobre a libra, sua moeda virtual. O objetivo � expandir as fontes de receita da companhia de Mark Zuckerberg por meio de uma opera��o no com�rcio eletr�nico e pagamentos globais. Ao lado da companhia estar�o as maiores redes de pagamentos do mundo: Visa e Mastercard.

A nova moeda digital ser� administrada por uma entidade, a Associa��o Libra, formada por Facebook e, at� agora, outros 28 s�cios, com sede em Genebra. O lan�amento est� previsto apenas para o primeiro semestre de 2020.

Entre os parceiros dessa empreitada est�o Mastercard, Visa, Spotify, PayPal, eBay, Uber e Vodafone, al�m de algumas empresas de capital de risco (venture capital), como a Andreessen Horowitz. A expectativa � que a Associa��o Libra chegue a 100 parceiros. O acordo prev� que cada um ter� um voto em decis�es importantes e empresas devem desembolsar a partir de US$ 10 milh�es para entrar para a lista de parceiros.

O nome da nova moeda, segundo David Marcus, ex-executivo da PayPal que lidera o projeto para o Facebook, teve tr�s inspira��es: as medidas de peso romanas, o signo astrol�gico que representa a Justi�a e a palavra francesa para liberdade. “Liberdade, Justi�a e dinheiro, que � exatamente o que estamos tentando fazer aqui.”

Foi criada pelo Facebook uma subsidi�ria chamada Calibra, respons�vel por oferecer carteiras digitais para salvar, enviar e gastar as libras. O Calibra ser� interligado �s plataformas de mensagens do Facebook, Messenger e WhatsApp, o que dar� ampla vantagem � opera��o, j� que, juntos, os aplicativos contam com cerca de 1 bilh�o de usu�rios.

Esse tipo de aposta pode render muitos outros neg�cios para a companhia, mas problemas relativos � privacidade do consumidor, assim como barreiras regulat�rias, poder�o comprometer o apetite de Zuckerberg – ainda mais em um mercado altamente desregulado e pouco conhecido por ser relativamente novo. O objetivo � n�o apenas pegar carona nas transa��es entre consumidores e empresas, mas tamb�m ser uma alternativa de servi�o financeiro aos clientes sem acesso a conta banc�ria.

Segundo divulga��o feita pela associa��o, apesar da populariza��o da internet e da banda larga m�vel e do acesso a informa��es a um custo cada vez menor, essa conectividade, mesmo com o fortalecimento econ�mico, ainda n�o conseguiu incluir 1,7 bilh�o de adultos no mundo que ainda est�o fora do sistema financeiro, embora 1 bilh�o deles tenha um smartphone.

De acordo com o an�ncio de ontem, a libra ser� uma moeda digital com respaldo em uma reserva de ativos reais – que v�o incluir dep�sitos banc�rios e t�tulos p�blicos de curto prazo – e mantida por uma rede de institui��es financeiras respons�veis por deter a cust�dia tanto de a��es quanto de ativos. Essa estrat�gia foi adotada para aumentar a confian�a na criptomoeda e dar certa previsibilidade ao pre�o da divisa, que poder� ser convertida em moeda tradicional com base em uma taxa de c�mbio.

Segundo comunicado divulgado pela Associa��o Libra, que j� conta com conte�do em portugu�s, haver� um esfor�o de aproxima��o “com reguladores, criadores de leis e especialistas para solicitar feedback e garantir que essa infraestrutura financeira global seja governada de forma a refletir as pessoas a quem ela atende”.

Ainda de acordo com a entidade, o objetivo � trabalhar de forma aberta e colaborativa. “Como primeiro passo, o c�digo inicial do Blockchain Libra ser� disponibilizado hoje (ontem) em c�digo aberto, sob uma licen�a do Apache 2.0. Esse testnet nos ajudar� a receber feedback da comunidade com rela��o aos rumos do projeto e trabalhar para garantir um lan�amento escal�vel, confi�vel e seguro”, detalhou a associa��o.

Atuais integrantes da Associa��o Libra, por tipo de atividade

» Pagamentos: Mastercard, PayPal, PayU (Naspers’ fintech arm), Stripe, Visa

» Tecnologia e mercados: Booking Holdings, eBay, Facebook/Calibra, Farfetch, Lyft, Mercado Pago, Spotify AB, Uber Technologies, Inc.

» Telecomunica��es: Iliad, Vodafone Group

» Blockchain e criptomoeda: Anchorage, Bison Trails, Coinbase, Inc., Xapo Holdings Limited

» Capital de risco: Andreessen Horowitz, Breakthrough Initiatives, Ribbit Capital, Thrive Capital, Union Square Ventures

» Organiza��es internacionais e sem fins lucrativos e institui��es acad�micas: Creative Destruction Lab, Kiva, Mercy Corps, Women’s World Banking

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Criador da criptomoeda wibx e CEO da empresa Wiboo, Pedro Alexandre dos Santos acredita que o lan�amento da libra ter� efeitos positivos sobre esse mercado. “Apesar de o Facebook ser um gigante, o risco de engolir a concorr�ncia � zero. Cada moeda segue um projeto espec�fico. Por isso, n�o h� raz�o para imaginar que haver� uma concorr�ncia”, analisa o empreendedor, que lan�ou seu projeto no ano passado, com a oferta para compra de 3,3 bilh�es de wibx – hoje cada moeda vale quatro centavos de d�lar.

Segundo Santos, “com certeza o projeto do Facebook vai encorajar v�rias iniciativas, fomentando o lan�amento de mais moedas, al�m do pr�prio consumo desse tipo de ativo”.

Santos investiu cerca de R$ 6 milh�es em seu projeto. A startup Wiboo utiliza a wibx como moeda para empresas que queiram comprar cr�ditos do ativo para usar em programas de fidelidade e de marketing. Os consumidores que acessarem sua plataforma, onde est�o os produtos, servi�os e promo��es da ind�stria e do varejo, poder�o curtir e compartilhar as informa��es em redes sociais – Facebook, Twitter e WhastApp. Para isso, s�o premiados com wibx.

A wibx, por enquanto, pode ser usada para a troca por pr�mios na pr�pria plataforma da Wiboo, como num programa de fidelidade. Mas ainda no segundo semestre, provavelmente a partir de setembro, a criptomoeda passar� a ser negociada em uma plataforma que realiza transa��es financeiras com moeda virtual, a exchange digital, uma esp�cie de casa de c�mbio que negocia criptomoedas e as troca por moeda corrente.

INTEGRA��O

Para dar sustentabilidade e credibilidade ao neg�cio, Santos conta que fez uma parceria com o Grupo de Pesquisa em Engenharia de Software, do Instituto Tecnol�gico de Aeron�utica (ITA), de S�o Jos� dos Campos (SP). Nessa coopera��o, s�o desenvolvidas hip�teses tanto pela empresa de Santos quanto pelos especialistas do ITA, que trocam esses resultados com o objetivo de validar a tecnologia para que seja tamb�m uma ferramenta eficiente na integra��o entre anunciantes e clientes.

Al�m do ITA, o empreendedor, que, antes desse neg�cio trabalhava na �rea de marketing e eventos, encomendou um estudo jur�dico ao Felsberg Advogados para garantir respaldo jur�dico ao neg�cio.
Esse tipo de ferramenta, avalia Costa, aumenta a for�a de engajamento na internet e d� mais for�a ao com�rcio f�sico, que vem crescendo a taxas muito menores que o e-commerce nos �ltimos anos.

“Disponibilizamos as ferramentas para que pessoas sejam influenciadoras dos produtos e dos servi�os e recebam recompensa em forma de moeda digital por isso. Elas podem resolver como gast�-la”.


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