
O Comit� de Pol�tica Monet�ria (Copom) do Banco Central decidiu, por unanimidade, manter a Selic (os juros b�sicos da economia) em 6,50% ao ano. Com isso, a taxa permaneceu no n�vel mais baixo da s�rie hist�rica do Copom, iniciada em junho de 1996. Foi a d�cima manuten��o consecutiva da taxa neste patamar.
Apesar dos dados fracos de atividade divulgados recentemente, a decis�o era largamente esperada pelos economistas do mercado financeiro. De um total de 56 institui��es consultadas pelo Proje��es Broadcast, todas esperavam pela manuten��o da Selic no n�vel atual.
Ao justificar a decis�o, o BC avaliou que a evolu��o do cen�rio b�sico e do balan�o de riscos prescreve manuten��o da taxa Selic no n�vel vigente.
"O Comit� entende que essa decis�o reflete seu cen�rio b�sico e balan�o de riscos para a infla��o prospectiva e � compat�vel com a converg�ncia da infla��o para a meta no horizonte relevante para a condu��o da pol�tica monet�ria, que inclui o ano-calend�rio de 2019 e, principalmente, de 2020", completou o documento.
O BC evitou dar sinaliza��es claras sobre as pr�ximas decis�es do colegiado. O comunicado apenas repetiu que os pr�ximos passos da pol�tica monet�ria continuar�o dependendo da evolu��o da atividade econ�mica, do balan�o de riscos e das proje��es e expectativas de infla��o.
No documento, o BC tamb�m atualizou suas proje��es para a infla��o. No cen�rio de mercado - que utiliza expectativas para c�mbio e juros do mercado financeiro, compiladas no relat�rio Focus -, o BC alterou sua proje��o para o IPCA em 2019 de 4,1% para 3,6%. No caso de 2020, a expectativa passou de 3,8% para 3,9%.
No cen�rio de refer�ncia, em que o BC utilizou nos c�lculos uma Selic fixa a 6,50% e um d�lar a R$ 3,85, a proje��o para o IPCA em 2019 passou de 4,3% para 3,6%. No caso de 2020, o �ndice projetado foi de 4,0% para 3,7%. As proje��es anteriores constaram na ata do encontro de maio do Copom.
O centro da meta de infla��o perseguida pelo BC este ano � de 4,25%, com margem de toler�ncia de 1,5 ponto porcentual (�ndice de 2,75% a 5,75%). Para 2020, a meta � de 4,00%, com margem de 1,5 ponto (de 2,5% a 5,5%). No caso de 2021, a meta � de 3,75%, com margem de 1,5 ponto (2,25% a 5,25%).
